CEMITÉRIO MUNICIPAL I – O Cemitério Municipal de Famalicão espelha bem a vida do nosso
concelho em termos de urbanismo. Não temos sido capazes de planear a nossa cidade ao
longo de décadas. Como foi possível que não tenhamos sido capazes, por exemplo, de
desfazer a curva apertada que rodeia a frente do cemitério, quando tanta possibilidade
tivemos para tal, pelo menos desde quando a fábrica de artigos de cimento de Alves, Oliveira e
Machado, Lda deixou de funcionar ali em frente? Em vez de melhorar a curva, alargar a rampa
de acesso à entrada principal do Cemitério , dar até espaço para estacionamento e para fazer
um bom passeio do outro lado da Estrada, mantivemos tudo na mesma e deixamos construir
um “armazém” para inspecção de automóveis como se não houvesse na cidade outro lugar
para o colocar.
CEMITÉRIO MUNICIPAL II – Com uma rampa de acesso tão estreita como a que existe, como é
de estranhar que uma condutora tenha tido um acidente, deixando cair o automóvel que
conduzia na Estrada Famalicão- Guimarães no passado dia 2 de Novembro de 2024? Ela bem
pode pedir responsabilidades à Câmara Municipal que as tem, porque não cuidou de resolver
o acesso à entrada principal do Cemitério.
CEMITÉRIO MUNICIPAL III – E fiquei a saber que se pensa ( se é que não está já decidido) abrir
uma estrada/rua do lado sul do cemitério para dar saída ao trânsito de veículos,
nomeadamente camiões, que circula na zona industrial que foi crescendo nas traseiras
deste, sem qualquer planeamento, como é costume e que querem entrar e sair na EN
Guimarães- Famalicão( “Avenida” do Brasil) – Aditamento: já depois de escrito este parágrafo
obtive a informação de que existe para aquela zona uma unidade de execução aprovada
(Murgeira- Requião) que tem a particularidade de fazer o cerco completo ao cemitério pelo
lado sul. Corrijam esse erro! Tenciono voltar a falar dela. Ver o link de acesso no fim deste
texto.
CEMITÉRIO MUNICIPAL IV – E do cemitério e de planeamento ainda muito teríamos para dizer,
pois não existe ou não é conhecido um plano para tornar o espaço interior do Cemitério um
lugar onde os vivos possam estar bem perto daqueles que continuam a fazer parte das suas
vidas, em tempo de calor ou de chuva. Pensa-se certamente que o Cemitério deve ser um
deserto de jazigos de pedra, de sepulturas térreas e em gavetas, mas pensa-se mal. As
árvores, por exemplo, desde que adequadas nas raízes e na copa fazem falta. As oliveiras são
um bom exemplo. Ora, o que se fez recentemente foi cortar cedros e fechar com tijolos a cova
onde estavam plantados. Não! Cortar os cedros compreende-se, pois esta árvore não deve
estar perto dos jazigos, mas ao mesmo tempo deveriam plantar-se árvores apropriadas. E
tantas outras coisas há a fazer naquele espaço.
VIDA – O Cemitério Municipal pode ser visto como a cidade dos Mortos, mas também pode ser
visto como a passagem para uma outra Vida, sob uma forma que nós não sabemos como é,
mas acreditamos ser infinitamente melhor do que a que levamos na Terra. Vida destinada a
todos os que, crentes e não crentes, procuraram praticar o Bem. É belo o Sermão da
Montanha (Bem-Aventuranças). E mais não escrevo, pois falar de Deus é algo de que devemos
fazer com todo o cuidado.
(JF-7-11-24)
PS- Link para a Unidade de Execução (Murgeira-Requião) acima referida:
https://www.famalicao.pt/area-murgeira-requiao
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