ANTÓNIO SAMPAIO DA NÓVOA – Decorreu no dia 6 de Dezembro de 2024, no auditório da Casa Museu de Camilo Castelo Branco, em Seide, no âmbito das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abri, uma sessão sobre a educação e o futuro orientada pelo Professor António Sampaio da Nóvoa que decorreu com muito interesse. Saliento o seguinte. Depois de referir que andou a visitar 50 escolas do nosso país durante 50 dias Sampaio da Nóvoa pôde verificar em relação há 50 anos a seguinte mudança e a seguinte continuidade. Mudança na relação professor-aluno fora da sala de aulas, ocorrendo muito mais convivialidade. Continuidade dentro da sala de aula com o quadro, a mesa do professor e as cadeiras dos alunos devidamente alinhadas. Foi sobre a necessidade de mudança desta relação dentro da sala de aula que Sampaio da Nóvoa falou principalmente. O futuro exige outra relação que vai muito além da mera recepção de conteúdos pelos alunos.
CENTROS COMERCIAIS VAZIOS – Os
centros comerciais da cidade estão muito
mal. Estão cheios de lojas vazias. Visitem-nos. Podem começar pelo Centro
Comercial Galiza, junto dos Paços do Concelho. É preciso encarar de frente o
problema e encontrar soluções que
certamente há. Era interessante que se apresentassem ideias. Talvez seja
necessário gastar menos dinheiro em festas e apoiar o comércio do centro da
cidade. A Associação Comercial não tem nada a dizer?
RECICLAGEM – Temos uma sociedade
que, como temos referido, produz cada vez mais lixo. Um dos grandes problemas
de todos os município é a forma de lidar com ele de modo que não degrade cada
vez mais os solos e possa ser, na medida
do possível, reciclado. Famalicão tem feito esforços nesse sentido, mas há
muito mais para fazer. É preciso pedagogia; é preciso informar devidamente; é
preciso melhorar o serviço público de recolha de lixos que são da mais variada
espécie. O lixo que serve para compostagem está a ser objecto de um projecto
piloto. Importa dar os passos seguintes.
FORA D’HORAS – Há quem defenda o
elevadíssimo gasto com as nossas iluminações de Natal com o retorno
nomeadamente para o comércio que isso dá. Sempre fomos muito céticos em
relação a isso, porque as iluminações
são à noite e o comércio a essas horas está fechado. Eis que hoje (dia
10.12.24) deparei no átrio da Câmara Municipal com um folheto volante intitulado “Fora d’horas” anunciando que o
comercio de rua de Famalicão estará de
portas abertas até à meia-noite no dia 21 de Dezembro para compras de última
hora. Será que essa noite vai dar ao comércio local rendimento que justifique
em boa parte as centenas de milhar de euros gastos com as iluminações e para o
pagamento dos quais também contribuíram com os impostos que pagam? Era
necessário fazer um balanço geral e
rigoroso do retorno desta despesa.
MILHÕES DE LUZES – E já agora,
sabem os leitores que foram colocadas 3.700.000 ( três milhões e setecentas
mil) luzes LED no centro da cidade para as iluminações de Natal?
CEMITÉRIO SOLAR DE
OUTIZ/VILARINHO – Pertence ao jornal Opinião Pública de 4 de Dezembro de 2024 a
melhor foto de primeira página e o melhor título ( “Central fotovoltaica ganha
forma e causa indignação”) sobre o
cemitério solar que está a ser construído em Outiz/Vilarinho, ocupando 80 hectares de território do nosso concelho. Este
cemitério não era necessário. O nosso concelho poderia contribuir para a
produção de energia solar, colocando pequenos painéis junto de casas, fábricas e outros prédios, sem fazer a
devastação que está a ser feita. É preciso dizer isto oportuna e inoportunamente. E pelo que
acabo de saber a devastação do território do concelho continua.
(Jornal de Famalicão, 12-12-24)
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