quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Diversos da cidade e do município

INFORMAÇÃO – Obter informação do município, especialmente da Câmara Municipal, é difícil. Trata-se de um direito dos munícipes a que corresponde um dever da Câmara a que esta procura fugir. As telefonistas são amáveis e diligentes, mas quem deve responder está quase sempre em reunião ou põe a burocracia a funcionar, mesmo para coisas bem simples.

 REUNIÕES DA CÂMARA MUNICIPAL – Os vereadores do Partido Socialista requereram a transmissão pública das reuniões públicas quinzenais, e só destas,  da Câmara Municipal. Quem teme essa transmissão?

TENDA - Junto à casa das Artes foi colocada uma enorme “tenda” que acolheu mais de mil médicos, nos dias 29 a 31 de outubro de 2025, num Encontro Nacional de Internos de Medicina Geral e Familiar da Zona Norte . Veja-se como ficou aquele espaço verde, depois de desmontada aquela estrutura. E quanto custou? E quem pagou?

MOBIAVE I – Continuo a ver muitos autocarros no centro da cidade. São mesmo, muitos.  Às vezes, quase em fila. No entanto, circulam vazios ou quase, seja qual for a hora do dia ou o dia da semana . Julgo que há aqui nos transportes urbanos qualquer problema que importa resolver com urgência. Também defendo o transporte público, mas é preciso que ele esteja bem organizado e seja devidamente publicitado. Terá sido dada pouca atenção à divulgação?

MOBIAVE II – No meio de tantas dezenas de autocarros, alguns tão grandes que até na cidade circulam com dificuldade, fazem falta miniautocarros que façam o circuito do centro da cidade. Desde que bem organizados,  teriam certamente êxito. Facilitariam a circulação das pessoas, favoreceriam o comércio local e retirariam da circulação  muitos automóveis.

PLÁSTICOS – É enorme a quantidade de plásticos que se acumulam numa casa que tenha o cuidado de os guardar para efeito de recolha selectiva, pois não é bom, colocá-los na recolha diária indiferenciada da cidade.   Devemos ter o hábito de reutilizar nomeadamente sacos de plástico e a Câmara Municipal deve fazer um esforço para reduzir os montes deles. Sabe a Câmara quantas toneladas de plástico se produzem anualmente no nosso concelho? Ou não faz ideia?

ULS - MÉDIO AVE – Noticiou a imprensa local que a  Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Ave vai ser substituída. Não se sabe ainda quem lhe vai suceder. E devia.  Uma mudança destas deveria ser devidamente explicada e fundamentada. De outro modo fica a dúvida sobre os motivos.

 

RUI ARAÚJO – Corrigindo um erro gráfico da minha responsabilidade, reafirmo que conto com Rui Araújo, um famalicense, com Loja no Shopping Town, que bem conhece a história da nossa cidade, para dar uma informação mais detalhada do edifício da ex-Tipografia Minerva. Entretanto, tive a oportunidade de conhecer acidentalmente  o dono do prédio e da  breve conversa que tive com ele deu para perceber que o  preza, possuindo documentação do maior interesse e quer que, no edifício recuperado, fique a memória daquele que é um dos prédios mais emblemáticos da nossa urbe.

FOTOS ANTIGAS DA CIDADE – Em alguns estabelecimentos da cidade podem ver-se boas fotografias de Famalicão antigo. Lembro dois, pelo destaque que a elas é dado: o Restaurante Moutados e o Centro de Medicina – Clínica Médica (junto da Loja do Cidadão).Neste pode ver-se uma foto (sem data)  da Rua Adriano Pinto Basto tirada do lado sul (certamente junto do que é hoje a Confeitaria Moderna). Consegue-se ver que o pavimento  é de pedra pequena ( não são ainda os paralelos de granito de agora). Nota-se, por sua vez,  do lado esquerdo um carro de bois e parte da Pensão Vilanovense ( que daria lugar mais tarde, em fins dos anos quarenta do século passado ao Hotel Garantia). Do lado direito pode ver-se o prédio que mais tarde acolheu a Ourivesaria Cunha,  uma pequena fonte de água e um poste de iluminação bem alto, naquilo que era o antigo Campo da Feira. É importante termos a memória da cidade.

(JF-13-11-25)

quinta-feira, 6 de novembro de 2025

A difícil gestão do concelho

FAMALICÃO  -  Temos dito e não nos cansamos de repetir. Vila Nova de Famalicão é um grande município em população e território. Tem mais de 200 Km2 e mais de 160.000 habitantes. Um município destes exige um governo muito qualificado. E um governo muito qualificado é uma câmara e um presidente de câmara que a maioria dos cidadãos reconheça como competentes para governar o município. De igual modo, exige-se  uma assembleia municipal com eleitos que sejam reconhecidos como capazes de bem deliberar sobre os principais assuntos do concelho, desde o orçamento, ao Plano Director Munipal e a  tantos outros  importantes assuntos que são da sua competência. Não basta para tal ganhar umas eleições e ocupar tais cargos, pois bem pode acontecer que se  ganhem as eleições não por estar à altura da responsabilidade do governo do município, mas apenas porque não apareceu uma alternativa melhor.

CUIDAR DO TERRITÓRIO – Recentemente tive a oportunidade de percorrer uma pequena parte do concelho e deu para verificar como é rico e bonito o território do nosso concelho, mas ao mesmo tempo como está a ser maltratado. Nós precisamos de indústrias, mas não devemos instalar uma indústria  em qualquer sítio, muitas vezes  dentro de um belo campo agrícola e sem vias adequadas para os movimentos de camiões e automóveis que depois exigem. Quantas vezes se deixam instalar e só depois se arranjam as vias, mais uma vez à custa de bons  terrenos agrícolas. Também precisamos de habitações, mas elas não podem nem devem ser permitidas em qualquer lugar onde haja um pouco de terra,  frequentemente em cima de curvas de estrada  (ver, por exemplo,  a EN, nº 14 – Famalicão Braga), mas em locais adequados e servidos por meios de transporte. São tarefas difíceis, mas por isso mesmo  se torna necessário  um governo capaz.

PARTIDO SOCIALISTA I – O Partido Socialista tem o dever de ter presente que a riqueza do partido não está apenas  no número de militantes, mas  principalmente no número  dos seus  simpatizantes e votantes. Eles são em grande número e nele votaram nas últimas eleições locais  mais de 27.000 (33,5%)  E se não teve mais votos, perdendo as eleições,  deve interrogar-se porquê e não deitar a culpa ao povo (aos eleitores). Foi como diz um comunicado de 8 conhecidos elementos do PS uma oportunidade desperdiçada, não tendo aproveitado nem o mau governo da AD ao longo de quatro anos, nem a conhecida e grave  crise do PSD,  principal parceiro da coligação AD.

PARTIDO SOCIALISTA II – Os problemas do PS de Famalicão devem ser debatidos amplamente dentro e fora do Partido. Circunscrever o debate aos muros da sede e aos militantes é  errado. Temos o direito de saber quem são e o que pensam os militantes que pretendem governar o município.

PARTIDO SOCIALISTA III – O PS deve pensar no futuro e fazer, desde já,  uma oposição de qualidade e esta  faz-se estudando os problemas do concelho, apresentando soluções e criticando sempre que for de criticar ( e não faltarão motivos) a actuação do actual governo. Isso não se faz com gritaria, mas com argumentos.  

CEMITÉRIOS I – No dia 1 de Novembro de 2025  ( sábado),  os cemitérios à volta de Famalicão (os que visitei depois das 15 horas) estavam cheios de carros e com muita gente. Era impressionante, mesmo em freguesias pequenas. Desisti de estacionar, por exemplo, em Brufe, tal era a confusão.

CEMITÉRIOS II – No dia seguinte,  2 de Novembro (domingo), os mesmos cemitérios estavam praticamente vazios à mesma hora ( parte da tarde). Que contraste, apesar de ser domingo e dia de Fiéis Defuntos!

CEMITÉRIOS III – No cemitério municipal de Famalicão foram cortados os cedros do lado Sul ( o lado oposto à entrada principal) e ficou tudo cimento e mármore. Coloquem ao menos, em vez dos cedros, árvores de folha perene, tais como oliveiras ou outras. Os cemitérios não devem ser um deserto de vegetação. Árvores são  vida e são precisos sinais de vida nos cemitérios. Esses sinais  tem um significado para os crentes e para os não crentes.

CEMITÉRIOS IV– Fiquei a saber que o primeiro cemitério ao ar livre  de Vila Nova de Famalicão foi instalado em 1865 ( 30 anos depois da criação do nosso concelho) na rotunda da Avenida 25 de Abril ( em frente à actual  Escola Secundária D. Sancho). Um jazigo no atual  cemitério municipal informa sobre esse facto e sobre o benemérito que o financiou.

TIPOGRAFIA MINERVA – O edifício da Tipografia Minerva junto da Praça 9 de Abril está a ser objecto de obras para consolidar a fachada principal o que se saúda. Esperemos que este prédio tenha a atenção que merece. Os serviços de Cultura do município têm – ainda bem – uma descrição dele, mas incompleta. Conto com o Rui Araújo, um famalicense, com Loja no Shopping Town,  que bem conhece a história da nossa cidade, para descrever melhor aquilo que, segundo parece, até chegou a ter cinema.

(JF-6-11-25)

Texto revisto