FAZER O QUE FAZ FALTA - Não será que em Famalicão precisamos mais de presidentes de câmara (e de câmaras) que cuidem principalmente do que “faz falta” e não do que “faz vista”? (excerto adaptado de uma recente conversa de famalicenses, atentos ao que se passa na nossa terra, referida por pessoa amiga que nela participou)
VEREADORA - A vereadora do Partido Socialista Drª Maria Augusta Santos tem o bom hábito de fazer em cada reunião ordinária da Câmara Municipal intervenções muito oportunas (ponderadas e reduzidas a escrito) no período de antes da ordem do dia sobre assuntos de interesse para o concelho. Na reunião da semana passada (dia 6.6.24) interpelou o presidente sobre a revisão em curso do Plano Dirctor Municipal (PDM) , lembrando que essa revisão do PDM (2ª revisão) já dura há 5 anos e que deveria ter terminado no final do ano de 2023 pelas razões que apontou (deliberações da Câmara Municipal e instruções do Governo).
REVISÃO DO PDM - A revisão do PDM é coisa séria e sobre ela deve ser dada a devida atenção e publicidade. Rever o PDM não pode, nem deve, ser ocasião para fazer favores (ajustando a revisão a interesses de particulares que buscam o lucro sem cuidar do interesse público), nem para empobrecer o nosso território. Essa revisão deve ter em conta, pelo contrário, o bom ordenamento do território e a sua valorização ambiental. É uma bela oportunidade para darmos a nossa contribuição para um planeta mais saudável.
PUBLICIDADE - Por isso, a revisão deve ser publicidade desde já, mostrando-se na página oficial do município a situação actual do nosso território ( os meios tecnológicos muito ajudam para o efeito, desde que bem utilizados), mostrando também o que se pretende rever e porquê, dando conta das questões mais delicadas para resolver.
PARTICIPAÇÃO - A revisão do PDM tem importantes aspectos técnicos que devem ser devidamente ponderados, mas tem também uma importante dimensão política que deve ser do conhecimento dos cidadãos, chamando-os a participar. É assim que funciona a democracia. Não se faça uma revisão limitando o mais possível a participação dos cidadãos, pois isso acabará por ser uma revisão às escondidas, muito do agrado de certos técnicos e de poderosos titulares de interesses particulares que se movimentam muito bem nos gabinetes e nos corredores dos Paços do Concelho .
CIDADE-ESPONJA . “Vocês não têm árvores suficientes. Têm de plantar mais árvores e, ao fazê- lo, tornam o solo mais permeável”, observa o arquiecto paisagista Kongjian Yu, sobre as ruas do Porto, acabado de aterrar na cidade pela primeira vez. O plantio de árvores é apenas um dos últimos passos que o arquitecto chinês propõe para que uma cidade possa encaixar-se no conceito que tem vindo a desenvolver e a implementar em várias metrópoles do seu país. No fundo “cidade-esponja” é uma metáfora que serve para descrever áreas urbanas que sejam capazes de absorver água durante temporadas mais chuvosas e de a libertar durante épocas secas. (excerto de uma entrevista e trabalho jornalístico do jornal Público de 10 de junho de 2024 – pp. 24 e 25, que merece leitura atenta).
ESTAÇÃO DE OUTIZ – Quando tínhamos comboio entre Famalicão e Póvoa de Varzim, depois do apeadeiro de Barradas (Louro) tínhamos a Estação de Outiz, com o respectivo Chefe. Mais tarde, a CP terá reduzido a Estação à condição de Apeadeiro. Há dias o edifício da Estação de Outiz foi adaptado a um Bar. E não é que entenderam dar-lhe o nome menor de “Apeadeiro”? A freguesia de Outiz deveria ter mais consideração pelo património histórico que está no seu território.
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