quinta-feira, 13 de março de 2025

Uma famalicense: Helena Freitas

HELENA FREITAS – “Foi na pequena aldeia minhota de Mogege, entre montes e riachos, castanheiros imponentes e escaravelhos fugidios, que Helena Freitas ganhou o primeiro assombro pela natureza.” Assim começa um texto de Nelson Jerónimo Rodrigues sobre a famalicense Helena Freitas, bióloga e professora catedrática na Universidade de Coimbra e Diretora do Parque de Serralves, publicado na revista SMARTCITIES n.º 45 – out.-nov. -dez. 2024. Interessa também destacar este subtítulo “ Há vários anos que tem uma flor tatuada, como símbolo do “compromisso com a natureza” que traz na pele desde criança, altura em que descobriu os animais e as plantas na liberdade da aldeia natal. A partir daí, esta paixão floresceu, ganhou raízes e fez de Helena Freitas uma das principais especialistas nacionais em biodiversidade”.

VEREADORES – É raro assistir às reuniões de Câmara, por falta de tempo e por não saber, com antecipação,  os assuntos a tratar. Assisti parcialmente  à última reunião,  no dia 6.3.25,  no momento em que se discutia o projecto de requalificação do estádio municipal com perguntas pertinentes, feitas clareza e serenidade pelos vereadores Paulo Folhadela e Sérgio Cortinhas. Perguntas sim, pois há muitas coisas  que precisamos de saber sobre este projecto. Pena é que não haja sobre ele um debate público e principalmente que não se encontre na página oficial do município uma descrição não técnica do que se pretende acompanhada de mapas e desenhos esclarecedores.

FALTA DE RESPEITO – Sabem os leitores que a documentação sobre este assunto que consta de cerca de 400 (quatrocentas) páginas foi entregue aos vereadores com pouco mais de 48 horas de antecedência? Como pode um vereador tomar posição fundamentada sobre um assunto que está longe de ser simples e que envolve 25 milhões de euros e concessão de património municipal por mais de 50 anos?

PAVIMENTO DA CENTRAL DE CAMIONAGEM – Chamaram-me a atenção e vi. Na central de camionagem de Famalicão, do lado esquerdo,  em frente das oficinas, há  desníveis no pavimento  de paralelepípedos inaceitáveis, prejudicando a integridade dos autocarros.  Como é possível não endireitar aquele pavimento rapidamente? Não é a Câmara que tem esse dever?

OKUPA CANTEIROS - Na noite de 8 de março de 2025 decorreu na Rua Luís de Camões, da cidade de Vila Nova de Famalicão, uma acção do colectivo “Okupa Canteiros” que se traduziu em plantar árvores e arbustos em canteiros que estavam desocupados há anos, demonstrando manifesto desleixo da Câmara Municipal. A acção foi acompanhada por mensagens escritas afixadas onde se lia: «Somos um grupo de pessoas preocupadas com o excesso de artificialização da cidade e o abandono de espaços destinados à natureza» e ainda «Plantamos aqui para termos uma cidade com mais NATUREZA e BIODIVERSIDADE. Ajuda-nos a cuidar deste espaço!». Esta acção foi pacífica e anónima. Fui ver e gostei. Muitas pessoas não gostam de acções anónimas e têm as suas razões, mas esta poderia ser feita sem anonimato? Daria problemas com a “autoridade municipal”, certamente.

 ELEIÇÕES – Vamos para eleições legislativas porque o governo entendeu apresentar uma moção de confiança à Assembleia da República, depois de ter superado duas moções de censura. . Habituei-me a ouvir dizer, desde logo na área do futebol, que quem pede um voto de confiança é porque já não a tem ou pelo menos duvida dela. Dito doutro modo: quem tem confiança no que está a fazer não pede confiança. O que se diz no futebol bem pode aplicar-se, neste caso, à política.  Nota – Mesmo à última hora os dois maiores partidos podiam e deviam entender-se. Eleições sim, mas não umas em cima das outras!

(JF-13-3-25)

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