HELENA FREITAS – “Foi na pequena
aldeia minhota de Mogege, entre montes e riachos, castanheiros imponentes e
escaravelhos fugidios, que Helena Freitas ganhou o primeiro assombro pela
natureza.” Assim começa um texto de Nelson Jerónimo Rodrigues sobre a
famalicense Helena Freitas, bióloga e professora catedrática na Universidade de
Coimbra e Diretora do Parque de Serralves, publicado na revista SMARTCITIES n.º
45 – out.-nov. -dez. 2024. Interessa também destacar este subtítulo “ Há vários
anos que tem uma flor tatuada, como símbolo do “compromisso com a natureza” que
traz na pele desde criança, altura em que descobriu os animais e as plantas na
liberdade da aldeia natal. A partir daí, esta paixão floresceu, ganhou raízes e
fez de Helena Freitas uma das principais especialistas nacionais em
biodiversidade”.
VEREADORES – É raro assistir às
reuniões de Câmara, por falta de tempo e por não saber, com antecipação, os assuntos a tratar. Assisti
parcialmente à última reunião, no dia 6.3.25, no momento em que se discutia o projecto de
requalificação do estádio municipal com perguntas pertinentes, feitas clareza e
serenidade pelos vereadores Paulo Folhadela e Sérgio Cortinhas. Perguntas sim,
pois há muitas coisas que precisamos de
saber sobre este projecto. Pena é que não haja sobre ele um debate público e
principalmente que não se encontre na página oficial do município uma descrição
não técnica do que se pretende acompanhada de mapas e desenhos esclarecedores.
FALTA DE RESPEITO – Sabem os
leitores que a documentação sobre este assunto que consta de cerca de 400
(quatrocentas) páginas foi entregue aos vereadores com pouco mais de 48 horas
de antecedência? Como pode um vereador tomar posição fundamentada sobre um
assunto que está longe de ser simples e que envolve 25 milhões de euros e
concessão de património municipal por mais de 50 anos?
PAVIMENTO DA CENTRAL DE
CAMIONAGEM – Chamaram-me a atenção e vi. Na central de camionagem de Famalicão,
do lado esquerdo, em frente das
oficinas, há desníveis no pavimento de paralelepípedos inaceitáveis, prejudicando
a integridade dos autocarros. Como é
possível não endireitar aquele pavimento rapidamente? Não é a Câmara que tem
esse dever?
OKUPA CANTEIROS - Na noite de 8
de março de 2025 decorreu na Rua Luís de Camões, da cidade de Vila Nova de
Famalicão, uma acção do colectivo “Okupa
Canteiros” que se traduziu em plantar árvores e arbustos em canteiros que
estavam desocupados há anos, demonstrando manifesto desleixo da Câmara
Municipal. A acção foi acompanhada por mensagens escritas afixadas onde se lia:
«Somos um grupo de pessoas preocupadas com o excesso de artificialização da
cidade e o abandono de espaços destinados à natureza» e ainda «Plantamos aqui para termos
uma cidade com mais NATUREZA e BIODIVERSIDADE. Ajuda-nos a cuidar deste
espaço!». Esta acção foi pacífica e anónima. Fui ver e gostei. Muitas pessoas
não gostam de acções anónimas e têm as suas razões, mas esta poderia ser feita
sem anonimato? Daria problemas com a “autoridade municipal”, certamente.
ELEIÇÕES –
Vamos para eleições legislativas porque o governo entendeu apresentar uma moção
de confiança à Assembleia da República, depois de ter superado duas moções de
censura. . Habituei-me a ouvir dizer, desde logo na área do futebol, que quem
pede um voto de confiança é porque já não a tem ou pelo menos duvida dela. Dito
doutro modo: quem tem confiança no que está a fazer não pede confiança. O que
se diz no futebol bem pode aplicar-se, neste caso, à política. Nota – Mesmo à última hora os dois maiores
partidos podiam e deviam entender-se. Eleições sim, mas não umas em cima das
outras!
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