SINTRA - Havia problemas com o Hospital : “Havia demoras de 11 horas, 10 horas. Não é possível. Então como é que a gente faz? Temos de ter um hospital aqui. Não é o grande hospital que muitos pensavam, mas lá se fez um hospital.” O Presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, perante as insuficiências do Hospital e a não resposta do Estado não desistiu. O município fez um hospital em Sintra! Em Famalicão não se pedia tanto. Pedia-se que a Câmara desse atenção ao Hospital lutasse seriamente pela sua ampliação, cuidasse de construir habitações para arrendar a médicos e outros profissionais de saúde, atraindo-os para trabalhar aqui, como temos dito, e pedia-se também que não tivesse a péssima ideia de colocar junto dele uma superfície comercial e muito menos de aumentar o trânsito à volta dele. A nossa Câmara ao longo destes quatro anos interessou-se mais com gastar dinheiro com festas do que cuidar da saúde hospitalar dos famalicenses.
TRÂNSITO - Está claro que os
moradores do lado Norte da 9 de Julho ( Santo Adrião e Talvai) precisam de
aceder ao centro da cidade sem as dificuldades e os perigos atuais, mas para isso basta uma rotunda na
Rua 9 de Julho e descer por ela para o
centro da cidade. O acesso ao hospital a partir dessa rotunda ficaria
restringido a ambulâncias e não era necessário fazer as obras (uma avenida?)
que a Câmara aprovou, mas felizmente ainda não executou. Que a Câmara que saia
destas eleições tenha mais visão.
TRABALHO - Basílio Horta disse
esta coisa pouco vulgar num presidente da câmara que foi eleito em três
mandatos sucessivos: “ eu tive um defeito no meu lugar: eu ligo-me pouco às
pessoas no sentido da afabilidade, de estar muito com as pessoas nas festas e
dançar e cantar e pôr as sardinhas a assar, o que é óptimo, o que é muito bom
num presidente de câmara. Mas eu, com toda a franqueza, não fui capaz de fazer
isso. Não tive categoria para fazer isso.” Teve muita categoria ao proceder
assim e provou que um presidente faz mais, trabalhando no seu gabinete e
visitando o que deve visitar do que gastar tempo em festas, procissões e idas a
Fátima com os seniores. Deixem as idas a Fátima ou outros lugares para as
freguesias.
IMIGRANTES - Em Sintra há muitos imigrantes. Que fez Basílio Horta (BH)? Leiam:
“Nós tratámos a imigração muito a sério, mas mesmo muito a sério. E o
problema da imigração em Sintra ou em Lisboa é um problema nacional, não é um
problema só local. No ano passado nós tínhamos aqui à volta de 50 e tal mil
imigrantes. Tínhamos 14 associações. As associações que nós tínhamos cobriam a
origem dos imigrantes todos, com excepção do Brasil, que não tinha associação.
O resto tinha. Através das associações, a câmara tinha um programa, um programa
que, aliás, era considerado um programa líder a nível europeu. Eu fui várias
vezes a Bruxelas explicar o programa, que é um programa de acolhimento e
integração de imigrantes”. Em Famalicão, a .Câmara nem sabe quantos imigrantes
tem. Ou se sabe não o diz. E que acolhimento lhes faz? Devia aprender com a
câmara PSD do Fundão, se não gosta da de Sintra.
OPOSIÇÃO – Sobre a presença de
vereadores da Oposição na Câmara BH, que defende essa presença, disse: “A
oposição tem muitas coisas que uma pessoa não deve ouvir sequer. Mas tem coisas
importantes para serem ouvidas. E nós não devemos deixar de as ouvir”. Ouviram?