quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Eleições Locais (IV)

SINTRA - Havia problemas com o Hospital : “Havia demoras de 11 horas, 10 horas. Não é possível. Então como é que a gente faz? Temos de ter um hospital aqui. Não é o grande hospital que muitos pensavam, mas lá se fez um hospital.” O Presidente da Câmara de Sintra, Basílio Horta, perante as insuficiências do Hospital e a não resposta do Estado não desistiu. O município fez um hospital em Sintra! Em Famalicão não se pedia tanto. Pedia-se que a Câmara desse atenção ao Hospital lutasse seriamente pela sua ampliação, cuidasse de construir habitações para arrendar a médicos  e outros profissionais de saúde, atraindo-os para trabalhar aqui, como temos dito, e pedia-se também que não tivesse a péssima ideia de colocar junto dele uma superfície comercial e muito menos de aumentar o trânsito à volta dele. A nossa Câmara ao longo destes quatro anos interessou-se mais com gastar dinheiro com festas do que cuidar da saúde hospitalar dos famalicenses.

TRÂNSITO - Está claro que os moradores do lado Norte da 9 de Julho ( Santo Adrião e Talvai) precisam de aceder ao centro da cidade sem as dificuldades e os perigos  atuais, mas para isso basta uma rotunda na Rua 9  de Julho e descer por ela para o centro da cidade. O acesso ao hospital a partir dessa rotunda ficaria restringido a ambulâncias e não era necessário fazer as obras (uma avenida?) que a Câmara aprovou, mas felizmente ainda não executou. Que a Câmara que saia destas eleições tenha mais visão.

TRABALHO - Basílio Horta disse esta coisa pouco vulgar num presidente da câmara que foi eleito em três mandatos sucessivos: “ eu tive um defeito no meu lugar: eu ligo-me pouco às pessoas no sentido da afabilidade, de estar muito com as pessoas nas festas e dançar e cantar e pôr as sardinhas a assar, o que é óptimo, o que é muito bom num presidente de câmara. Mas eu, com toda a franqueza, não fui capaz de fazer isso. Não tive categoria para fazer isso.” Teve muita categoria ao proceder assim e provou que um presidente faz mais, trabalhando no seu gabinete e visitando o que deve visitar do que gastar tempo em festas, procissões e idas a Fátima com os seniores. Deixem as idas a Fátima ou outros lugares para as freguesias.

IMIGRANTES - Em Sintra há muitos imigrantes. Que fez Basílio Horta (BH)?  Leiam:  “Nós tratámos a imigração muito a sério, mas mesmo muito a sério. E o problema da imigração em Sintra ou em Lisboa é um problema nacional, não é um problema só local. No ano passado nós tínhamos aqui à volta de 50 e tal mil imigrantes. Tínhamos 14 associações. As associações que nós tínhamos cobriam a origem dos imigrantes todos, com excepção do Brasil, que não tinha associação. O resto tinha. Através das associações, a câmara tinha um programa, um programa que, aliás, era considerado um programa líder a nível europeu. Eu fui várias vezes a Bruxelas explicar o programa, que é um programa de acolhimento e integração de imigrantes”. Em Famalicão, a .Câmara nem sabe quantos imigrantes tem. Ou se sabe não o diz. E que acolhimento lhes faz? Devia aprender com a câmara PSD do Fundão, se não gosta da de Sintra.

OPOSIÇÃO – Sobre a presença de vereadores da Oposição na Câmara BH, que defende essa presença, disse: “A oposição tem muitas coisas que uma pessoa não deve ouvir sequer. Mas tem coisas importantes para serem ouvidas. E nós não devemos deixar de as ouvir”. Ouviram?

ATAS E CONTAS – Em transição de mandato, municípios e freguesias, especialmente as freguesias, devem ter as atas e as contas devidamente organizadas não aconteça que a câmara ou junta que lhe suceder  encontre uma desordem que obrigue até os tribunais a intervir. Não são raros esses casos, infelizmente.

(JF-25-9-25)

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