quarta-feira, 7 de maio de 2025

Um Milhão para as Festas Antoninas

 FESTAS ANTONINAS - Que diria o leitor se o dono de uma quinta com uma  boa casa, que está a meter água pelo telhado e a necessitar de obras, em vez de tratar de a reparar tivesse o hábito de  chamar amigos e conhecidos para fazer grandes festas, nas quais gastava o dinheiro que bem falta fazia para a reparar? Diria certamente que estava a gerir mal o seu dinheiro.  Ora, é algo parecido com isto o que está a fazer a nossa Câmara Municipal. Ela tem uma boa casa a degradar-se na Rua Adriano Pinto Basto n.ºs 51-53-55 e em vez de cuidar de a reparar deliberou ainda há poucas semanas gastar cerca de um milhão de euros nas Festas Antoninas . E,  pior ainda, continua a gastar muito bom dinheiro com outras festas ao longo do ano e o prédio que foi do Senador Sousa Fernandes e agora lhe pertence  continua ali fechado e degradado  encostado ao prédio em reabilitação do ex-Hotel Garantia. O empresário reabilita o património, o município degrada-o.  

EX-PRESIDENTES DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL - A homenagem aos ex-presidentes da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão foi uma iniciativa muito louvável da Assembleia Municipal e foi boa a ideia de colocar na sala de sessões as fotos dos ex- Presidentes que estiveram à frente do órgão deliberativo do município. Bom será que no próximo ano a Assembleia Municipal ao celebrar 50 anos de funcionamento se lembre dos milhares de eleitos que por ela passaram, não colocando fotos, claro, mas fazendo, por exemplo, um pequeno e barato opúsculo contendo os nomes e naturalidade de todos os membros que passaram por este órgão. Coisa simples, mas que ficará registada para a história.

FALTA DE CAMAS NOS HOSPITAIS -   Alguém com conhecimento de gestão hospitalar, dizia-me recentemente que era inadmissível que se recusasse num Hospital uma operação por falta de camas. E com os seus conhecimentos acrescentava que um doente numa cama de hospital custava por dia – só com alimentação e dormida – cerca de quatro ou cinco vezes mais do que  num centro de cuidados continuados que poderia ser público ou privado. O nosso hospital continua a recusar operações de rotina, mas necessárias, por falta de camas. Que espera um concelho tão avançado como o nosso para ter instituições que prestem  cuidados continuados de qualidade  para acolher pessoas que estão a ocupar camas que tanta falta fazem. Em vez disso, o nosso concelho empreendedor incentiva a criação de hipermercados ao lado do Hospital!

JUIZ CONSELHEIRO SANTOS SERRA – Importa dizer e repetir que o nosso concelho tem uma riqueza humana que importa tornar bem conhecida. O lousadense Juiz Conselheiro Dr.  Manuel Fernando Santos Serra faz parte dessa riqueza e o seu currículo bem diz do que fez pelo nosso país este famalicense, que ocupou durante mais de uma década o lugar de Presidente do Supremo Tribunal Administrativo num tempo em que se fez a maior reforma da justiça administrativa e fiscal do nosso país e para a qual muito contribuiu.

CAMILO CASTELO BRANCO – Nos últimos dias foram apresentados dois livros sobre Camilo que merecem toda a atenção. “Camilo Castelo Branco – Viagens na Minha Terra” do Doutor João Paulo Braga apresentado na Praça D.ª Maria II (Mercado do Livro) e  “Viajar Com… Camilo Castelo Branco” dos Doutores Aníbal Pinto Castro e José Manuel de Oliveira apresentado na Casa-Museu de Seide.

BAZAR PIPE,S – Com tristeza vemos que fechou na semana passada  o Bazar Pipe,s de Manuel Malvar Azevedo que marcou uma época da nossa cidade. Podíamos lá adquirir, para além do mais, jornais e revistas nacionais, bem como o JF,  e ainda um largo leque de revistas e jornais estrangeiros de muito interesse. Era um quiosque que honrou a nossa Terra dirigido por Manuel Malvar Azevedo. Anuncia-se agora um novo quiosque com o nome de Tabacaria Cravo. Esperemos que dê continuidade  a este ramo do comércio.

PRAÇA VERMELHA II –Na semana anterior escrevemos sobre a falta de árvores na Praça 9 de Abril. Agora,  chamamos a atenção para um prédio existente nessa mesma praça  com obras certamente embargadas, por causa de um estranho piso de cimento apontado a Norte que precisa de uma intervenção urbanística adequada por parte da  Câmara. Aquilo é mesmo feio. Ao mesmo tempo,  do lado poente, onde antigamente existia a Casa das Louças,  está a ser reabilitado o prédio, esperando-se que tudo decorra como deve. As pedras da fachada foram retiradas, mas numeradas e importa que retomem o seu lugar.

(JF-8-5-25)

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