terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Algumas Questões sobre o Plano de Urbanização da Devesa

Quem me dera ter tempo para ver com cuidado a história do Parque da Cidade e do Plano de Urbanização da Devesa que lhe está atrelado! Na falta de tempo , escrevo estas linhas, ora sob a forma de perguntas à espera de ser respondidas, ora de afirmações que bem gostaria de ver contestadas. 
1ª – Fui ver a página oficial do município e lá consta que o período de discussão pública do PUD terminou no dia 11 de Janeiro de 2012. Em que ficámos? Foi alargado o prazo, como se previa na sessão pública organizada pelo “Povo Famalicense”, até ao dia 31 de Janeiro ou não? 2.ª – É minha opinião que o Plano de Urbanização da Devesa só está em discussão pública, porque uma entidade exterior a isso obrigou. Doutro modo não teríamos Plano. 
É verdade ou mentira? 3.ª – Esta Câmara foge dos planos. O que ela quer é decisões caso a caso, conforme as circunstâncias e os interesses em jogo. 
4-ª Doutro modo estaria a ser elaborado, com a devida divulgação pública, o Plano de Urbanização da nossa cidade. Uma cidade que continuou a crescer nestes últimos 10 anos ao acaso, sem visão de futuro. Bem podia e devia ter crescido muito mais e melhor. 
5.ª - Temos uma cidade a crescer para o fundo ( a Urbanização da Devesa é um exemplo) quando deveríamos ter uma cidade a crescer para a parte alta, devidamente planeada. 
6.ª – Tem lá algum sentido que se tivesse plantado o Tribunal Judicial à saída para Braga sem elaborar para aquela área pelo menos um plano de pormenor? Que está previsto para ali? O que lá está é uma quinta abandonada há décadas. 
7.º - A urbanização da parte alta da cidade tem sido um caos e esta Câmara não foi capaz de fazer nada para pôr termo a isso. 
8.º - O Plano de Urbanização da Devesa surge com vinte anos de atraso e já não pode cumprir os objectivos que devia. 
9.ª – Ele foi iniciado (quem diria!) em 1991 mas nunca houve interesse em avançar com ele a sério nem até 2001, nem depois de 2001 até 2011. 
10ª – Em 1994, a zona prevista para o Plano de Urbanização da Devesa e para um grande Parque da Cidade estava livre. 
11.ª – Era possível fazer uma ligação directa entre o centro da cidade ( o velho Campo da Feira), a Rua Vasconcelos e Castro e o Parque da Cidade. Hoje, em vez disso, temos um enorme prédio ( mais de 10 pisos) a barrar a vista do parque! 12.ª – Era possível fazer uma ligação directa entre o Parque da Devesa e o Parque de Sinçães. Hoje está lá uma enorme barreira de prédios e querem deitar o Latino’s abaixo para fazer a ligação. Não têm outra alternativa! 13.ª – Toda a gente diz que a Central de Camionagem está mal localizada e está. 
Colocá-la praticamente dentro do Parque da Cidade não lembraria a ninguém. Mas como não houve planeamento em devido tempo, hoje nem sabem sequer de outro lugar para a instalar. 
14.ª – Encher de construções o lado nascente da Av. Humberto Delgado e o lado sul da chamada Avenida do Brasil foi fácil. Eram lugares apetecíveis e mais apetecíveis ficaram porque foram dadas licenças, desde pelo menos 1994, a torto e a direito. Mandaram os construtores e a Câmara obedeceu. 15.ª – Depois disto tudo, dizer que o Parque da Cidade é a obra emblemática do mandato é um desaforo! 16.ª – E nem sequer se começou a contar a história concreta do parque e dos negócios que giram à volta dele. Ficará para a semana, se tiver possibilidade. 
 PS – Agradeço a carta aberta que me foi dirigida pelo membro da assembleia municipal José Luís Araújo e apenas pela urgência do assunto do PUD não lhe respondo hoje. Entretanto, já visitei o site do Bloco de Esquerda e a última notícia que vi é de Dezembro. Vi também rapidamente o seu blog pessoal , bem como o do colega Adelino Mota. 
PPS - Praticamente sem uma qualquer forma de desagrado público desapareceu a Confeitaria Bezerra. Provavelmente nem se reparou que foi mais uma perda para a nossa cidade. Mal vai, quando uma cidade perde as suas marcas distintivas tradicionais como se nada fosse


in Povo Famalicense.