quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Diário Famalicense - Apontamentos Diversos (30-01-2020)


BIBLIOTECA MUNICIPAL -  Gostaria de dedicar  este apontamento apenas ao serviço público de bibliotecas do nosso concelho, mas faltam-me elementos para o efeito. Já  os pedi , mas aguardo o envio.  Ainda me lembro da Biblioteca na Praça 9 de Abril, como me lembro de ver o Presidente da Câmara de então  a catalogar livros na parte dos fundos do Paços do Concelho. Sim, o Presidente da Câmara catalogava livros. No entanto,  a evolução desde então e, principalmente,  depois do 25 de Abril foi felizmente  enorme. 

CONSERVATÓRIA DO REGISTO CIVIL -  Os cidadãos,  os órgãos do município e o governo da República têm de unir esforços para retirar no mais breve prazo a Conservatória do Registo Civil do exíguo espaço que ocupa nos Paços do Concelho. Não pode aqui ser dada prioridade à crítica, mas à solução. A crítica só pode ter lugar depois de apresentada e não aceite uma boa solução. Para o cidadão comum este problema é fácil de resolver. Não faltam espaços adequados.

PARQUE DA CIDADE -  Não desistiremos de lutar por um Parque da Cidade que vá do Parque da Deveza, ao Parque de Sinçães e que continue  até ao Tribunal Novo, atravessando a Quinta que está  abandonada há décadas e não devia.  As ligações entre  estes espaços são possíveis e basta gostar de Famalicão para  levar a bom porto este projecto bem antigo.

PARTIDO SOCIALISTA -  A luta vai ser forte dentro do PS local neste dia 1 de fevereiro. Espera-se que tudo corra dentro das regras democráticas e que vejamos, depois,  um partido mais activo a seguir as linhas que muito bem indicou o Dr. José Luís Carneiro em excelente  entrevista  dada ao  jornal Público, no dia 17 de Janeiro de 2020.

CASA  DO DR. LUÍS FARIA    – A casa da Rua Santos Viegas, lado nascente, onde morou durante largos anos o Dr. Luís Faria, está abandonada e em forte processo de degradação. É pena. Ali chegou a funcionar a Câmara Municipal ( período pós-incêndio e antes da inauguração dos atuais Paços do Concelho) e é um edifício marcante da nossa cidade. Importa recuperá-la quanto antes e verificar se não há perigo para quem por ali circula.

(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública de 30-01-2020)

sábado, 18 de janeiro de 2020

DF- Apontamentos Diversos - 3.1.20




1820-2010  – Em 1820 ocorreu a Revolução Liberal que teve início em 24 de Agosto no Porto. Abriu-se um período novo na nossa história que chegou aos nossos dias. Em 1822 foi aprovada a primeira Constituição, após eleições. Nessa altura  Famalicão não existia como concelho. Landim era o concelho mais próximo. Vila Nova de Famalicão só entrou no mapa da organização municipal em 1836. Nesse ano foram reduzidos de cerca de 800 para cerca de 350 o número de concelhos no continente. Uma reforma feita com critério que extinguiu pequenos municípios e reduziu o tamanho  de grandes.  Barcelos, que era um concelho gigante,  ficou bastante mais pequeno.
SEGURANÇA RODOVIÁRIA  – Importa termos segurança quando conduzimos nas estradas do nosso concelho.  Conheço ruas  e estradas perigosíssimas,  pois têm numa das bermas   valas fundas  e não sinalizadas. Na falta de melhor, ao menos “pilaretes” ou outras formas de chamada de atenção . Existe, no perímetro urbano,  uma rua  que conduz em linha recta a um precipício de vários metros, sem qualquer  aviso.
PARQUE DE SINÇÃES – Custa ver o lado nascente  do Parque de Sinçães  abandonado. Local excelente para urbanizar está  a monte há mais de vinte anos. É certo que está a surgir lá um prédio. Mas o resto?  Ao menos, aqueles terrenos  pagam imposto  que dissuada a continuação desta situação?
PS – As eleições no Partido Socialista local têm data marcada? Os cadernos eleitorais estão elaborados e encerrados? As listas já foram  apresentadas? Quem as compõe? Quais as ideias? Esperamos ler na imprensa local estas  e outras informações bem detalhadas.
CRISE NA IMPRENSA – Está na ordem do dia a crise da imprensa e não podemos ignorá-la. A imprensa local sente também (muito)  os efeitos dessa  crise. Importa encontrar soluções, pois sem imprensa  livre não há democracia. Mas que soluções?

DF - Sobre a nossa casa e não só (5.12.19)







A NOSSA CASA -  Cuidar da nossa casa, o planeta terra,  é uma das mais importantes tarefas que temos  a nosso cargo!  É um contributo que todos devemos dar sem vacilar. A nível global e local. Procuraremos  participar ao nível que está mais ao nosso alcance, o local.
ESCOLA - É triste ver uma Escola do ensino básico no centro da cidade ( Rua Conde Sâo Cosme) profundamente renovada, mas que  ficou sem uma única árvore. Que mau exemplo!
CORREDOR VERDE – Quando teremos em Famalicão um corredor verde (norte-sul)  que vá do Tribunal Judicial até ao fim do Parque da Devesa? Não é difícil, basta vontade política.
LISBOA – Em contraste veja-se a Revista Visão  e a entrevista com José Sá Fernandes, vereador do Ambiente, que muito contribuiu para que Lisboa seja a Capital Europeia Verde de  2020 (Visão – 28/11 a 4/12/2019). Vale a pena ler com atenção.
PARTIDO SOCIALISTA I-  Duas listas a concorrer para a direcção concelhia do PS de Famalicão é, para quem vê de fora,  um bom sinal. Um sinal de vitalidade. Agora o que se espera é um debate sério e um ato eleitoral mais sério ainda.
PARTIDO SOCIALISTA II – Uma vez que a eleição é já em Janeiro  teremos certamente todas as semanas notícias. Uma reunião de uma lista juntando 400 participantes  impressiona. Interessa saber “quem é quem” em cada  uma delas . Não chega conhecer os cabeças  de lista
DEBATE - E nenhuma lista  arrisca propor à outra um debate aberto a militantes e simpatizantes em lugar  amplo?  A democracia passa por isso. Estaremos atentos.
VIEIRA DA SILVA – Valeu a pena ouvir Vieira da Silva, ex-ministro da Saúde, no âmbito da homenagem ao ex-ministro famalicense Armando Bacelar promovida pelo Partido Socialista no passado dia 23 de novembro.


DF - Gouveia Ferreira (21.11.19)




FAMALICENSE EXEMPLAR - E é assim a vida! Estava a pensar  escrever  hoje sobre a sessão do passado sábado, dia 16, tendo como tema  o Poder Local promovida pela Associação de Amigos de Famalicão, na Fundação Cupertino de Miranda, mas não posso  esquecer  o Dr. Manuel António Gouveia Ferreira. Partiu um famalicense exemplar. Exemplar , desde logo,  pela dedicação  aos outros.
FAMALICENSE ATLÉTICO CLUBE (FAC)  – Fez um trabalho notável à frente do FAC , essa colectividade  eclética  que é a maior do nosso concelho em modalidades e em  número de praticantes  ( e isso é o que mais conta). De uma dedicação enorme, não só nos assuntos maiores como nos mais rotineiros como o pagamento das quotas. E a preocupação que tinha de colocar o recibo na caixa do correio, quando não  encontrava  o sócio que tinha pago…
BOMBEIROS – Não regateava tempo para o auxílio aos outros e assim se compreende que  os Bombeiros Voluntários de Famalicão   o tenham chamado para participar nos seus corpos  gerentes.
GRUPO DE FADOS – O grupo de fados  era algo que fazia parte da sua vida. Coimbra marcou-o muito. E quem viveu a época dele sabe o que significa o fado como sentimento, como resistência , como  expressão de liberdade e como forma exprimir alegria de viver.
ADVOGADO -  Importa lembrar também o  Gouveia  Ferreira, advogado. Era a sua profissão. Exercia-a com a dignidade e seriedade que ela  exige. Também aqui um exemplo.
JORNALISMO – Colaborador, desde sempre do Jornal Opinião Pública,  os seus textos breves “D’Esguelha” eram lidos com muito  agrado, pois neles  se reflectia ao sua preocupação por uma sociedade mais fraterna  e mais livre.
MENSAGEM  - Não, por acaso, quem o visitou na despedida  recebia  uma  mensagem que ligava   liberdade: “Adeus a todos os que lutaram pela liberdade” e fraternidade  “Fica o meu eterno abraço”.
                                                               António Cândido de Oliveira


Diário Famalicense - 44 Anos de Democracia (7.11.19)



                                                              
ASSOCIAÇÃO AMIGOS DE FAMALICÃO (AAF) -  Quando a AAF me convidou para proferir uma palestra no âmbito do seu plano de actividades sobre o Poder Local solicitou-me um título e encontrei este:” 44 anos de democracia”. Efetivamente vivemos em 44 anos de democracia (tendo  em conta as eleições para a Assembleia Constituinte em 25 de Abril de 1975) e bem sabe a diferença quem tem idade  para ter conhecido os dois regimes ou, sendo novo,  teve o cuidado de procurar saber.
DEMOCRACIA I -  A diferença é grande e assenta, entre muitas outras,  em dois pilares importantes s: por um lado, as eleições são sérias, assentando em cadernos eleitorais amplos e mesas de voto devidamente  fiscalizadas e antes não eram; por outro lado, as pessoas têm liberdade de expressão e de associação ( a censura  governamental  aos meios de comunicação desapareceu) e  não são presas pela PIDE/DGS  e levadas para uma cadeia por motivos meramente políticos.
DEMOCRACIA II  -  Muita gente antes de 1974 julgava que a democracia não era possível, que o país, não estava preparado. Dizia-se  que os portugueses não  sabiam viver em democracia. Estes 44 anos provaram o contrário. Esta democracia tem defeitos? Muitos. Mas é uma democracia e não uma ditadura. 
PARTIDOS POLÍTICOS  -  Como se manifestou ela, nomeadamente no nosso concelho? Pela criação de partidos políticos à luz do dia e com liberdade. O Partido Comunista pôde sair da clandestinidade e não tomou o poder  como  muitos temiam; o  Partido Socialista desenvolveu-se e tornou-se um dos preferidos dos famalicenses; o mesmo se diga do Partido Popular Democrático, mais tarde também Partido Social Democrata; surgiu, pela mesma altura, o Partido do Centro Democrático Social com muita  força em Famalicão;  o Partido denominado Movimento Democrático Português  tinha sede e conhecidos militantes. Tudo  sem esquecer outros numerosos partidos da esquerda à direita.
JORNAIS – Outra manifestação da democracia foi a criação de jornais sem necessidade de autorização do governo.  No domínio dos meios de comunicação social mantiveram-se sem precisar de ir à censura ou ao visto prévio, os jornais existentes Jornal de Famalicão, Notícias de Famalicão  e Estrela da Manhã. Surgiu, mais tarde,  a Democracia do Norte jornal de âmbito regional, mas foi o Vila Nova o primeiro jornal  famalicense nascido em democracia, mais tarde surgiu a Cidade Hoje e pouco depois  o Opinião Pública e  o Povo Famalicense. Não estou seguro da ordem de fundação. E não devemos esquecer outros meios de comunicação social.
ASSOCIATIVISMO – No domínio associativo houve uma explosão de iniciativas e temos hoje cerca de 500 associações, desportivas muitas delas, mas mistas a maior parte, juntando  ao desporto a cultura e outras actividades.
E O FUTURO – A democracia parou aqui? Seguramente que não. Tem  muito caminho para percorrer  e principalmnente para se aperfeiçoar. Gostaríamos de centrar a sessão de 16 de novembro, na Fundação Cupertino de Miranda  neste aspecto. Devemos aperfeiçoar, os partidos, melhorar  os meios de comunicação social  e valorizar as associações. Para isso precisamos  do contributo de todos.
                                                                            


Diário Famalicense - Apontamentos (24.10.19)



ESCOLA BÁSICA CONDE SÃO COSME – A Escola onde se vota, na cidade,  junto dos Paços do Concelho ,  está bonita, mas não se compreende que não tenha um árvore!  Como é possível?  E andamos nós (ASPA-GIE)  aqui há  mais de vinte anos a plantar árvores naquela  Escola para substituir outras velhas e agora nem uma? Não dá para compreender.
PARTIDOS – Os partidos famalicenses precisam de ter vida. Precisam de ter portas abertas e ligar-se à sociedade. Ter iniciativas. É triste ver como funcionam atualmente. Tantas coisas que poderiam fazer e até em comum. 
AUTARQUIAS LOCAIS -  E não é tarde para começarem a encarar  as próximas eleições autárquicas. Elas são em 2021, mas devem preparar-se desde já, começando a contactar , por exemplo, as pessoas mais adequadas para debater problemas do município e das freguesias.
OPINIÃO -  Se os jornais famalicenses fossem ricos em opinião, haveria seguramente quem comentasse detalhadamente os resultados eleitorais do nosso concelho. Assim: a  percentagem de abstenções que,  entre nós, costuma ser inferior à nacional; a  vitória curta, mas significativa do PS; a comparação dos resultados das autárquicas de 2017 com as legislativas  do dia 6 de outubro de 2019; a  razão pela qual o  concelho  vota, em regra,  à esquerda a leste e à direita a oeste. Tantos elementos a merecer  atenção.
LEGISLATIVAS E AUTÁRQUICAS -  É interessante verificar que em Famalicão há um equilíbrio eleitoral  entre PS e PSD nas últimas eleições gerais, mas um grande desequilíbrio a favor do PSD nas  últimas eleições autárquicas.  Não é normal.  Mas há seguramente explicação. Ninguém escreve?
ECOVIA   FAMALICÃO – PÓVOA – Está prevista para breve  uma ecovia que permitirá a circulação de peões e ciclistas entre Famalicão e a Póvoa. É uma boa notícia. Durante anos este projecto  esteve  bloqueada por desinteresse da Póvoa de Varzim. Felizmente esse problema está ultrapassado e assim será possível em  pouco mais de uma hora fazer o trajecto ( 29 km?) em bicicleta e em menos de 5 horas, a pé (marcha).  Sou pouco seguro em tempos para estas viagens, mas não devem andar muito longe.
UNIDADE DE SAÚDE PÚBLICA DE FAMALICÃO – Esta importante estrutura  de saúde tem sede em Delães. É importante que ela esteja bem sinalizada. Desde logo,  à saída da cidade. E em Avidos, também.  Atualmente tem apenas indicação  de Riba d’Ave, mas deveria dizer também Delães ou ter o símbolo da Unidade de Saúde. E a sinalética deveria continuar ao longo do trajecto.
MAIS CIDADE – Quando teremos devidamente urbanizada a zona entre o Tribunal Judicial e a Casa das Artes?  Será assim tão difícil fazer cidade naquele local, uma antiga quinta abandonada ? Parece-me que temos ali terreno para construir prédios (muitos)   e fazer mais parque da Cidade :  desde a Devesa , passando por Sinçães e terminando no Tribunal Judicial
                                                                        
24.1019