quinta-feira, 29 de julho de 2021

Assuntos vários

 

OP - 30 ANOS - O número comemorativo dos 30 anos do OP merece  ser guardado. Ainda não tive tempo de o ler como desejo   e tenho particular  interesse e curiosidade em acompanhar  a  cronologia de acontecimentos dos últimos 30 anos do município nele relatada, ver o trabalho do Dr.  Artur Sá da Costa sobre as desventuras  do ensino público em Famalicão e analisar o texto da arquitecta Francisca sobre o urbanismo das últimas décadas. E tem ainda mais que ler este número especial.

PRÉDIO INÚTIL – Na esquina da Rua Adriano Pinto Bastos com a Rua Narciso Ferreira, antiga estrada nacional para Guimarães, estando lá colocada uma placa que tem valor patrimonial e indica “Guimarães – 22” (Km),  existe um edifício inútil, desde que um incêndio há alguns anos lhe tirou a vida. Lá funcionava o restaurante Sete  Velhos e outros estabelecimentos e, agora, apenas  chama a atenção uma decoração que não esconde a inutilidade. Para quando dar vida  àquele edifício? O que se passa com ele? Os jornais não servem também para dar notícia disto?

PRÉDIO IMPONENTE  – Bem junto do prédio inútil está o prédio do século XIX mais imponente e bonito da cidade. É o Museu Bernardino Machado na Rua Adriano. Pena é que continue ocupado uma parte dele por uma Seguradora que já deveria ter saído dali há muito tempo. Acresce o pouco cuidado  e a má conservação  que ele tem merecido com a  recente queda de azulejos,  sem uma intervenção reparadora à vista.

PRÉDIO DA VERGONHA –  O prédio onde esteve instalado o Hotel Garantia envergonha todos os famalicenses. Ainda por cima estão a fazer-se junto dele obras de rua que não eram tão necessárias quanto a reabilitação daquele prédio. Dizem que vai entrar em obras. Mas nem sequer uma informação está lá exposta como manda a lei.

OBRAS – Gostaria que a nossa imprensa nos informasse sobre quando vão estar prontas as obras do centro da cidade ( e já agora da Rotunda 1.º de Maio). E ao mesmo tempo se está a haver derrapagem no prazo e nos custos. E, se pudessem, colocassem umas imagens de como vão ficar  os locais das obras. Essas imagens devem estar em algum lado.

ÁRVORES – E quantas árvores vão ser plantadas na antiga Estrada Nacional n.º 14 entre a Confeitaria Moderna e a Pichelaria Mouzinho? Uma mísera dezena? E raquíticas? Que bom será estar enganado!

GUARDA-RIOS -  Começa a falar-se em restaurar a figura dos guarda-rios. Também os defendo. Famalicão vai levar a sério a defesa dos seus  cursos de água? O ambiente assim o exige e, pelo que sei, é essa a intenção. Mas não basta o nosso município. Este é um problema de âmbito mais vasto. É um claro problema supramunicipal.

 

quarta-feira, 21 de julho de 2021

Cidadãos Menores

 

Estão a decorrer há largos meses (quantos?)  importantes obras no centro da cidade, removendo e substituindo  pavimentos de praças,  ruas e passeios e as pessoas conversam e perguntam: como vai ficar isto?

As pessoas vêem, desde há algumas semanas, pouca gente a trabalhar nessas obras e perguntam: o que se passa?

No dia 16 de julho de 2021 os famalicenses souberam, pela informação digital diária da comunicação social local, que toda a rua de Santo António e parte da Rua Adriano Pinto Bastos vão ser fechadas ao trânsito “previsivelmente” por 30 dias por causa das obras do centro da cidade e perguntam: o que motiva esse encerramento em concreto? E será mesmo por 30 dias?

As perguntas são muitas e as pessoas põem-se a adivinhar, tentando obter respostas para as perguntas que fazem, esquecendo-se ou ignorando que têm direito a ser devidamente informados pela Câmara.

Numa democracia local sólida as obras que estão a decorrer no centro urbano seriam acompanhadas de informação detalhada. Haveria junto delas  painéis  com desenhos e  textos explicativos que permitiriam ver facilmente o resultado das obras e o seu custo. Também seria explicado o menor ritmo delas nas últimas semanas. E o fecho das ruas seria igualmente objecto de explicação, dizendo-se  porque é necessário fechá-las  e porquê o prazo de 30 dias. Para estas e outras informações haveria  também um número de telefone ou telemóvel  de atendimento directo e rápido, largamente  divulgado.

Tal não sucede, porque os famalicenses aceitam ser tratados como cidadãos menores e assim continuarão a ser tratados se tivermos em conta o silêncio, nomeadamente da oposição ou oposições.

A debilidade da nossa democracia local está assim bem à vista!

 

António Cândido de Oliveira

quarta-feira, 14 de julho de 2021

OP: UM JORNAL AO SERVIÇO DE FAMALICÃO EM LIBERDADE

Não é possível falar do Opinião Pública (OP) sem falar de Feliz Pereira. A ele se deve não só a criação deste jornal como a preocupação de que ele constituísse um projecto empresarial e não um projecto político ou baseado em apoios externos politicamente interessados.

Para afastar tais tentações, Feliz Pereira teve o cuidado de convidar para a sociedade Editave pessoas de diferentes correntes políticas e outras sem quaisquer ligações dessa natureza. Para a direcção do jornal foi buscar gente muito nova também sem conotação política conhecida. Assim se fundou um jornal que ainda hoje perdura e que se quer manter fiel aos princípios que o geraram.

Para perceber a novidade que constituiu o “Opinião Pública” em 1991, importa fazer uma brevíssima história da nossa imprensa.

Ao chegar a Revolução de Abril de 1974 publicavam-se em Famalicão três semanários: o Jornal de Famalicão (o jornal do Rebelo, como era conhecido e que tinha como director Francisco Rebelo Mesquita); a Estrela da Manhã, antiga Estrela do Minho, conhecido por jornal do Casimiro (era director José Casimiro da Silva); e o Notícias de Famalicão, o jornal da Igreja, conhecido por jornal dos padres e de que era director o P.e António Guimarães. Era uma imprensa limitada na liberdade de informação e opinião. Destes só perdura, honra lhe seja feita, o Jornal de Famalicão.

O primeiro jornal a exprimir as ideias do novo regime surgiu em 1976, fundado pelo ilustre advogado Joaquim da Silva Loureiro, seu proprietário e director. Embora com sede em Famalicão procurava ter uma dimensão regional. Durou poucos anos.

Em 1982, surgiu, ligado a uma associação cultural, o quinzenário Vila Nova já mais centrado no concelho e que foi gerado também no velho escritório do Dr. Joaquim Loureiro (bem próximo do actual). Pese a declaração formal de independência, foi considerado um jornal próximo do Partido Socialista. Durou quase duas décadas.

Em 1985, surgiu “A Voz de Famalicão” situado ainda mais à esquerda, para alguns próximo do Partido Comunista Português de que foi director o advogado Dr. Gouveia Ferreira, de quem os famalicenses guardam boa memória, e que mais tarde passou a colaborar regularmente no Opinião Pública. Durou alguns anos.

Em 1986, surge o semanário “Cidade Hoje” dirigido inicialmente por Maria de Lurdes Dinis, considerado ligado ao Partido Social Democrata e ao Centro Democrático Social e que ainda hoje perdura.

Em 1991, surge o Opinião Pública a que dedicaremos ainda particular atenção por razões do 30.º aniversário.

Em 1999, surge finalmente o “Povo Famalicense”, o primeiro jornal local de informação gratuito, surgido no país, fruto da iniciativa individual de Joaquim Ribeiro e Filomena Lamego, que ainda se publica.

Tive a boa ideia de guardar a colecção dos primeiros anos do OP devidamente encadernada e ela é preciosa para conhecer a vida do jornal e o nosso concelho na década de noventa do século passado.

Bem gostaria, se tempo e espaço tivesse, de escrever sobre a sessão de apresentação do jornal “Nascido a 17 de Julho” no Hotel dos Moutados documentada por largas dezenas de fotografias e sobre a riqueza de opinião dos primeiros tempos da sua publicação dirigida por Luís Paulo Rodrigues e Alexandrino Cosme. Espero ter a possibilidade de dizer algo sobre isso, porque bem merece.

Nos dias de hoje o OP, que faz parte de um grupo empresarial na área da comunicação social que abrange também a rádio e a televisão, tem muito a ganhar se folhear essas páginas fundadoras para continuar a ser, como é, um jornal que tem, no âmbito local e regional, um lugar de primeiro plano.

E importa não esquecer que a imprensa profissional, livre e independente é essencial para a consolidação da democracia local e para o enriquecimento do nosso concelho.
 
(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública, de 14 de julho de 2021)

As listas têm de ser apresentadas até 2 de agosto de 2021

HOSPITAL - A ideia de erguer em Famalicão um grande hospital  lançada pelo PS é boa, mas muito difícil de concretizar. Não deve ser abandonada, importa ver o acolhimento que tem entre os famalicenses para lutar por ela, pois a decisão final cabe ao poder central. 

OBESIDADE - Entretanto a saúde é um bom tema de campanha, pois é um bem que muito interessa aos munícipes. Bem podemos e devemos ter políticas municipais de saúde complementares das políticas do Governo. Nada impede que um município se dedique, por exemplo, à cuidar da prevenção da obesidade, um problema que tanto nos afecta. Uma política de prevenção devidamente elaborada  que deve fazer-se nas escolas, nas cantinas, nos restaurantes, nos jornais com a preocupação de fazer com que esse problema seja menor no nosso concelho do que na generalidade do país.

ÁGUA – E nada impede que o nosso município tenha, por exemplo,  uma política de melhoramento  da qualidade da água, levando os famalicenses a consumir água da canalização e não comprar água em garrafas e garrafões de plástico que tanto lixo provocam. Isso implica convencer os munícipes que a água que chega tratada a nossas casas é boa para beber e as pessoas só se convencerão disso quando a água não saiba a cloro e quando tenham confiança na  qualidade da mesma.

AMBIENTE – Este exemplo da água leva-nos para os problemas do ambiente e para a atenção que a lista do PSD/CDS parece colocar em primeiro plano a este domínio.  A lista “Mais Ação, Mais Famalicão”,  na apresentação do seu candidato a presidente de câmara  colocou em primeiro lugar da agenda “Famalicão Ecológico”. Será que vamos assistir a uma campanha em que as duas listas principais  colocam, em primeiro lugar, uma  o problema da saúde e outra o  problema do ambiente ? Seria interessante.

PROGRAMAS ELEITORAIS  -  Mas isso só se verá quando forem anunciados os programas devidamente elaborados destas e também das restantes listas. Serão eles devidamente publicitados em páginas web das candidaturas? Ou os programas e correspondente assunção  de responsabilidades serão menosprezados?

PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS LISTAS  -O tempo corre e as listas de candidatos têm de ser apresentadas até 2 de agosto no tribunal competente. São apenas vinte dias de prazo  a exigir muito trabalho.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL - Para além da importante  escolha dos vereadores, importa que as listas não esqueçam as assembleias municipais. Quem não perceber a importância das assembleias municipais como o órgão que toma as principais deliberações e fiscaliza a acção da câmara, ainda não percebeu o que significa a democracia local. Exigem-se membros da assembleia municipal que não só gostem do nosso concelho como possuam competências técnicas em diversos âmbitos, como o urbanismo, a contabilidade, a educação, a saúde, a rede viária, o transporte e tantos outros domínios de interesse municipal.

  (Artigo de opinião publicado no Opinião Pública, de 14-07-2021) 

quinta-feira, 8 de julho de 2021

As eleições são a 26 de setembro de 2021

BOA ORGANIZAÇÃO - Estivemos no centro de vacinação  de Famalicão em São Cosme do Vale no dia 3 de Julho de 2021 da parte de tarde  e observamos uma excelente organização. Muita gente,  mas tudo a correr rapidamente e sem atrasos.  Serviços de Saúde do Governo e Município estão de parabéns. Dizem-me, no entanto, que nem todos os dias são assim.

 

INQUÉRITO -   Não se pode esquecer,  entretanto,  que ainda está por publicar o inquérito à perda de 5000 vacinas por falta de energia elétrica. É assim tão difícil  fazê-lo?

 

CALÇADA PORTUGUESA - Devemos defender a calçada portuguesa que ainda resta nos passeios do centro da cidade. Importa cuidar dela por trabalhadores competentes.  Foi um erro destruir a calçada existente na praça Dona Maria II nomeadamente na rua  a  poente ( a da Farmácia Central).

 

CANDIDATURAS - A diferença entre uma candidatura numa   página web e numa  página do Facebook é a diferença que existe entre quem tem a possibilidade de nos receber  numa vivenda ou um  excelente apartamento e nos recebe num minúsculo apartamento

 

ALMA – Li a revista “Alma” edição à venda do jornal Público, dedicada a Famalicão. Famalicense que preze a sua terra tem o dever de a ler. Destaco, entre outros, os textos sobre os rios e demais cursos de água do concelho e o texto sobre a pateira de Fradelos. Mas tem muito mais conteúdo e para todos os gostos. É uma revistas que deve chegar às escolas e às bibliotecas do concelho.

 

            ELEIÇÕES -   A imprensa local está a dar atenção às eleições locais de 26 de setembro de 2026. A notícia desta semana é a construção de um Hospital Novo lançada pela candidatura do PS. Merece uma referência detalhada que tencionamos fazer.