quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

A revista de propaganda da maioria

A REVISTA DE PROPAGANDA DA MAIORIA – Diretor: Mário Passos. Editor: José Agostinho Pereira. Redação: Cristiana Carmo e Joana Batista. Fotografia (…). Grafismo e Paginação (…). Propriedade: Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão (?). Contactos (…). Tiragem: 25.000 exemplares. Depósito Legal (…). Distribuição Gratuita. (….). Esta publicação, que usa o nome de Boletim Municipal e tem a data n.º 01/23 – janeiro, não é um boletim municipal, mas uma revista de propaganda da maioria da câmara municipal, dirigida pelo seu presidente e paga com o dinheiro dos munícipes. Isto não se faz, isto humilha a democracia local! Não sabe a câmara que há outras formas de dar a conhecer a sua actividade de forma completa e isenta, sem gastar o dinheiro que é nosso? E logo 25.000 exemplares, ilustrados e em papel caro? As oposições calam-se?

Nota: Omitimos, por brevidade, alguns dados mais secundários, os que estão (….), mas que o leitor poderá consultar se procurar (e descobrir!) a envergonhada ficha técnica.

PRÉDIOS EM RUÍNA - Há no centro da cidade, na periferia e no concelho edifícios particulares e até públicos que ameaçam ruína com perigo de caírem na via pública e provocarem danos, ferimentos graves e até mortes. Sabe-se que a câmara tem seguros para o efeito, mas quando o estado de ruína (ou má conservação) é conhecido e a câmara não lhe põe termo, como pode e deve, a responsabilidade não é só civil, mas também criminal e por esta respondem em tribunal os membros da câmara e os responsáveis dos serviços que têm competências nesta matéria. Todos conhecemos prédios nessa situação.

TRANSPORTES PÚBLICOS – A rede de transportes públicos no concelho aumentou para 50 linhas com um investimento de cerca de 5 (cinco) milhões de euros. Importa ver os resultados. Importa saber quantos passageiros transporta por dia, quais são as linhas com mais e menos movimento e fazer o balanço no fim do ano. Vejo o “Voltas” que circula na cidade e vai quase sempre vazio. Por outro lado, faz falta um pequeno autocarro para circular no centro histórico para facilitar a vida a quem tem menos capacidade de andar a pé ou transportar compras. Informação regular sobre esta matéria, precisa-se.

PISTA CARLOS BACELAR - A Avenida Carlos Bacelar que liga a Rotunda de Santo António à Rotunda Bernardino Machado e Avenida Marechal Humberto Delgado é uma pista de corrida no centro da cidade e não pode ser. Importa corrigir. Torna-se necessário criar uma saída para a Rua Ana Plácido para quem circula no sentido ascendente e colocar semáforos e passadeiras. Só a incúria pode deixar tudo como está.

ELEIÇÕES NAS FREGUESIAS – Vamos ter eleições na freguesia de Ribeirão. A lei está mal feita. Sempre que numa freguesia não se consegue eleger os vogais da junta (e em Ribeirão foi difícil) dentro de determinado prazo ou aprovar o orçamento, a consequência deverá ser a queda do executivo e com ela a realização de novas eleições. Não deveria haver a necessidade de os membros da lista do presidente terem de renunciar todos para provocar eleições. E faz muito bem uma junta ir para eleições quando não tem condições para governar a freguesia. Os eleitores decidirão. 

(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública, de 25-01-2023)

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

Alargar o Hospital

ALARGAR O HOSPITAL – Ao que parece a nossa Maternidade fica. Ainda bem. Mas não há lugar para descanso. É preciso alargar o nosso hospital e muito. Ele pode crescer na parte detrás. E é preciso adquirir, por negociação ou expropriação, mais espaço para Norte. O terreno agrícola que fica junto da Rua Vasco Carvalho está livre. Só a falta de visão dos responsáveis do nosso município permitirá a sua urbanização para outros fins. Todos nós devemos estar atentos. Não há uma Liga de Amigos do Hospital activa? Está a Administração do Hospital atenta?

MÁRIO MARTINS –As preocupações sociais notam-se bem no que escreve e faz Mário Martins colaborador residente do “Povo Famalicense”. Lembram-se do que afirmou há algum tempo sobre a pobreza e miséria extremas e a necessidade de lhe pôr cobro no nosso concelho? Mário Martins também escreve naturalmente sobre outras coisas (boas e más) que fazem parte do pulsar da nossa terra. Tem tido, a esse propósito, a bondade de me referir. Agradeço e considero que os que escrevem nos jornais da terra deveriam dialogar e debater, pois nem sempre têm a mesma opinião. É um hábito que infelizmente não temos.

FAMALICÃO ATRAVÉS DA TOPONÍMIA – Peguem no livro de João Afonso, ilustrado por David Vieira de Castro e percorram a cidade, seguindo os trajectos por ele alinhados e que partem do centro para a periferia. Apreciem o que a cidade tem de bom, mas vejam também a quantidade de ruas novas sem saída. Não é que não devam existir ruas sem saída. O que não é de admitir é que haja tantas. Já se deram ao trabalho de as contar?

RUAS SEM SAÍDA –Um exemplo nas “imediações da câmara”. Na ligação da Rua Ana Plácido (aquela que vem do lado do Hospital) com a Avenida Carlos Bacelar temos duas ruas sem saída: uma à esquerda em direcção à Rotunda de Santo António, outra à direita em direcção à Rotunda Bernardino Machado que choca com os Bombeiros Voluntários Famalicenses e temuma sinal de proibição no final.

HISTÓRIA DA CIDADE - Está por fazer a história da nossa cidade e ela deveria ser feita com todo o cuidado e qualidade. Não é preciso ir à Idade Média onde muito pouco ou quase nada se encontraria. A história da nossa então vila (assim reconhecida por D. Maria II) começa com a formação do actual concelho na primeira metade do século XIX. Desde esse tempo até hoje muito cresceu e é essa história que importa contar.

EDITAVE – São muitas as pessoas que trabalham na EDITAVE. É uma empresa de referência que teve como fundador principal Feliz Pereira e é hoje continuada, entre outros, por Arcindo Guimarães, contando sempre com a dedicação permanente de João Fernandes. Como é habitual - mas a pandemia tinha interrompido – o pessoal da Editave reuniu em jantar anual que desta vez decorreu, na passada 6ª feira (dia 13.1.23) na remodelada Pensão Santo António ao fundo do Campo da Feira. Jornal, Rádio e TV tudo isto é a EDITAVE hoje, constituindo o principal grupo de comunicação social do concelho e um dos maiores do país a nível local.

(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública, de 18-01-2023)

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Pequenos problemas?

TOPONÍMIA I – A toponímia da nossa cidade e dentro da nossa cidade a freguesia onde moro que é a de Vila Nova de Famalicão, que tem como patrono Santo Adrião, é uma miséria em termos de identificação. A maior parte das ruas e praças não tem placa com nome e quando o tem está deficientemente colocada e mal se vê dado o tamanho.

TOPONÍMIA II - Uma rua que seja respeitada tem nome no princípio e no fim e quando é muito grande ou atravessada por outras tem novas placas indicativas, a colocação de placas é competência da junta de freguesia, mas é claro que a nossa freguesia não tem junta e, por isso, não é de admirar.

REABILITAÇÃO URBANA – Como é possível que edifícios que são simbólicos na cidade como o da Rua Conselheiro Santos Viegas, que foi provisoriamente sede da câmara municipal (durante o incêndio dos Paços do Concelho) e cujo último habitante foi o Dr. Luís Faria (Conservador do Registo Civil) e o da Rua Adriano Pinto Bastos, que foi adquirido pelo município e de que foi último habitante o Dr. Sousa Fernandes (Médico)? Cuidem por favor, pelo menos dos tectos. Há lei para isso.

MUROS – Os muros que ladeiam as estradas nacionais e municipais do nosso concelho estão seguros? Têm sido devidamente fiscalizados pelos serviços municipais como devem?

RIOS, RIBEIROS E REGATOS – Hoje, 3ª feira, dia 3.1.2023 está um dia de Sol. No entanto, até agora e desde há semanas tem chovido muito. Os nossos rios, ribeiros e regatos saltaram fora das margens. Precisamos de cuidar bem deles. Temo que tal não esteja a suceder.

FAMALICÃO ATRAVÉS DA SUA TOPONÍMIA – Amanhã, dia 4, vai ser apresentado na casa do Território o livro de João Afonso Machado e de David Vieira de Castro (ilustrações) com o título supra. Vale a pena ler e apreciar.

PEQUENOS PROBLEMAS - Esta semana preenchi este espaço com aquilo que podemos chamar, talvez injustamente, pequenas problemas do nosso município, mas os outros não estão esquecidos. 

(Artigo de opinião publicado na edição online do Opinião Pública, de 04-01-2023)