Custa ver a organização e funcionamento da Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Famalicão a começar, desde logo, pelas instalações.
Não é que estejam num edifício mal situado ou sem dignidade. A Conservatória ocupa uma parte dos Paços do Concelho que é um edifício nobre.
O problema é o resto. Internamente o espaço é pequeno para albergar os funcionários. Quanto ao público então, é muito pior. Os cidadãos que precisam de ser atendidos, têm de vir para fora para debaixo de uma arcada, pois lá dentro não têm lugar.
E cá fora o espaço é muito desconfortável, constituindo aquilo que vulgarmente se chama um vazadouro de ar, perigoso para a saúde. Salvo alguns dias do ano é um sítio desabrigado, virado a norte, onde as pessoas passam frio e até chuva quando o vento é mais forte.
Aquilo não tem condições para funcionar com a dignidade que os cidadãos e os funcionários merecem.
A Conservatória já deveria ter saído dali para umas instalações adequadas há muitos anos.
Desde logo o prédio é (ou deve ser) do município e aquela é uma repartição do Estado. Por isso o Ministério competente (Justiça) deve arranjar novas instalações.
Mas, se a Câmara Municipal não se mexe, se não reivindica aquele espaço e não ajuda a encontrar outro melhor age mal. É que embora a obrigação principal seja do Estado (dos diversos e sucessivos governos) quem sofre aquele mau funcionamento são muitos famalicenses e por eles deve o município pôr-se em campo.
Custa a acreditar que não haja na cidade local amplo e adequado para que os funcionários possam trabalhar e os cidadãos poderem ser bem atendidos .
E trata-se de um serviço cada vez mais procurado.
Passem por lá e apreciem!
(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública de 03-09-2020)
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