quarta-feira, 26 de outubro de 2022

ELEITOS LOCAIS

ELEITOS LOCAIS – Os eleitos locais das assembleias de freguesia, das juntas de freguesia, das assembleias municipais e das câmaras municipais, incluídos os presidentes de todas elas não são eleitos menores. Todos eles (homens e mulheres) têm a mesma dignidade política que um membro da Assembleia da República ou do Governo. Cabe-lhes uma máxima igual para todos: “pensar globalmente, agir localmente” ocupem o lugar que ocuparem. Um membro de uma assembleia de freguesia tal como um ministro devem, ao agir no âmbito das suas competências, pensar nos problemas do mundo em que vivemos e actuar em conformidade. Devem, por exemplo, ler e reler a “Laudato sì” do Papa Francisco e outros textos que lembram que todos temos a responsabilidade de trabalhar por um mundo melhor.

CHUVA I – Abençoada chuva que tanta falta faz. É precisa na terra, nas fontes, nos ribeiros, nos rios, nas barragens e tantos outros lugares. Onde houver chuva haverá Vida. Esquecemos que sem ela morreríamos de sede e de fome.

CHUVA II – É claro que a chuva incomoda, mas o que mais me preocupa é o mal que pode fazer a quem trabalha desabrigado ou a quem tem de deslocar-se para o local de trabalho. Tenho presente os alunos que vão para as escolas e que passam um dia molhados e com frio. As escolas deveriam estar preparadas para substituir roupa e calçado a todos os que necessitassem. É tão simples, pois roupa e calçado não faltam e custam pouco. Esbanja-se tanto dinheiro em coisas supérfluas em vez de proteger a saúde das pessoas.

ÁRVORES - Quem cuida do arvoredo urbano na cidade e nas vilas do concelho? Já tentei entrar em contacto com um engenheiro de nome José, julgo, que me dizem que tem essa tarefa a seu cargo, mas não tenho sido bem sucedido. E as nossas árvores precisam de cuidados, de muitos cuidados no crescimento, na poda e na fase mais avançada da sua vida. Entristece verificar tanto descuido.

VOLTAS – Não se lembram do “Voltas” que foi tão anunciado há uns anos? Era um pequeno e bonito autocarro que fazia muitas vezes ao dia o trajecto nomeadamente entre o Hospital e a estação de comboios, passando pela zona escolar, pela central de camionagem e depois de regressava de novo ao Hospital em direcção à Estação. A paragem junto do Hospital anunciava-o, informava o percurso e tinha o horário. O “Voltas” voltou, ao que parece, depois da pandemia, mas muito mal anunciado. Basta dizer que na paragem do Hospital nem o horário existe. Não há nenhuma informação.

PAI - Escrevo estas linhas na semana em que meu querido Pai faria 100 anos, se vivo fosse. Nasceu em 31.10.1922, na freguesia do Louro e tinha uma alegria de viver que recordo bem e que me transmitiu, ainda que eu não a viva tão intensamente. Gostava também muito da nossa terra, participando, nomeadamente, na organização do Dia do Comerciante. Sócio gerente muito dinâmico da sociedade Alves, Oliveira & Machado Limitada de que eram sócios também Gaudêncio de Araújo Alves, Álvaro Gomes de Oliveira e Manuel Machado de Oliveira, contribuiu e muito para o prestígio da firma no âmbito do comércio de ferragens e no fabrico de artigos de cimento entre os quais avultavam os postes de electricidade “Águia” que ainda hoje estão operacionais aos milhares (sem exagero) em muitos concelhos da região. Faleceu muito cedo com 46 anos depois de uma muito dolorosa doença. Recordá-lo com alegria de o ter tido como Pai é o meu dever que aqui cumpro, pensando também nos muitos amigos que tinha nesta nossa terra e que vivem ainda. 

(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública, de 26-10-2022)

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