domingo, 22 de setembro de 2013

Notícias de Famalicão - Memórias do Senhor Arcipreste


IMPRENSA LOCAL – ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013

O costume no espaço de cada jornal.

JOAQUIM FERNANDES – MEMÓRIAS DO SENHOR ARCIPRESTE
O livro de Artur Sá da Costa e Luís Paulo Rodrigues com o título acima é muito interessante. Tiro dele, ainda sem tempo de uma leitura mais cuidada,  alguns breves  excertos que tem a ver com a vida cívica de Famalicão. Monsenhor  Joaquim Fernandes entrou na paróquia em 6 de Janeiro de 1946 onde se manteve até 1998.

URBE  - 1945
Álvaro Marques ( com jovens políticos como Abel Folhadela de Macedo e José Casimiro da Silva) tentava “concretizar um grande plano de melhoramentos materiais na urbe de Vila Nova de Famalicão, ao tempo reduzida a meia dúzia de ruas, cercadas de quintas, sem água e saneamento público, sem escolas, uma biblioteca municipal moribunda, a Casa de Camilo decadente, alvo de críticas e do escárnio público”  (p. 12)

POPULAÇÃO DE MÕES
“A população de Mões que era formada maioritariamente  por operariados e assalariados era vista com um certo desdém  por parte da população da vila. Ora eu lutei sempre contra esta clivagem social. Até no toque do sino havia  diferença. Se o defunto era de Mões tinha direito a menos badaladas e tocava-se menos (p. 37-38).

NOTICIAS DE FAMALICÃO
“É pena que nos primeiros anos do século XXI, que têm sido de crise económica e de incerteza quanto ao futuro, o “Notícias de Famalicão” tenha suspendido a sua publicação. Acho que o encerramento do jornal foi uma decisão errada” (p. 45)

CAMPO DA FEIRA
Um grande erro urbanístico no Campo da Feira. No “Notícias de Famalicão”, o Padre António Guimarães, enquanto diretor, lutou quanto pôde contra uma decisão urbanística que estragou para sempre a grande sala de visitas de Vila Nova de Famalicão. (…) Se aquele Campo da feira estivesse intacto, com toda aquela profundidade, com todas as suas casas comerciais à volta teria uma praça (…) que seria um orgulho para todos os famalicenses e certamente um ponto de atracão turística” (p. 114-115).

INCENDIÁRIOS
Para mim é claro que um pirómano  não deve ser condenado a anos de  prisão seguidos. Deve ser condenado a estar na prisão ou num barco no meio do mar ou no deserto,  no período do verão,  durante um conjunto de anos adequado à gravidade do crime. Em vez de cumprir 5 anos de prisão seguidos cumpria 5 anos de prisão repartidos por 15  anos com prisão (ou outra medida equivalente)  4 meses por cada ano em tempo de incêndios .

AVENIDAS II
Uma melhor atenção às avenidas referidas na última semana, incluía a Avenida 9 de Julho que, tendo início no Marco liga com a Avenida Carlos Bacelar na Rotunda de Santo António e tinha em atenção a necessidade de resolver a travessia daquela artéria junto de Santo Adrião e do Talvai, protegendo nomeadamente os  peões. Por sua vez, deveriam ser consideradas travessias subterrâneas para o Parque de Sinçães, ligando-o ao resto da cidade, na Avenida Carlos Bacelar.

ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DE VILA NOVA DE  FAMALICÃO
A realização pela Associação de Amigos  da nossa terra intitulado  Vila Nova de Famalicão: Planear o Futuro, na próxima 2ª feira, pelas 21 horas,  vai  pôr à prova o interesse dos famalicenses pelos  problemas  da terra. Trata-se de saber que futuro se está a preparar para o nosso concelho. Problemas não faltam. Estudo e boas ideias precisam-se. Capacidade de as concretizar ainda mais. Como disse o Monsenhor Joaquim Fernandes na apresentação do livro na passada 6ª feira, sem uma boa equipa, não é possível fazer boas coisas.

António Cândido de Oliveira

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