IMPRENSA LOCAL – ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS 2013
O costume no espaço de cada jornal.
JOAQUIM FERNANDES – MEMÓRIAS DO SENHOR ARCIPRESTE
O livro de Artur Sá da Costa e Luís Paulo Rodrigues com o
título acima é muito interessante. Tiro dele, ainda sem tempo de uma leitura
mais cuidada, alguns breves excertos que tem a ver com a vida cívica de
Famalicão. Monsenhor Joaquim Fernandes
entrou na paróquia em 6 de Janeiro de 1946 onde se manteve até 1998.
URBE - 1945
Álvaro Marques ( com jovens políticos como Abel Folhadela de
Macedo e José Casimiro da Silva) tentava “concretizar um grande plano de
melhoramentos materiais na urbe de Vila Nova de Famalicão, ao tempo reduzida a
meia dúzia de ruas, cercadas de quintas, sem água e saneamento público, sem
escolas, uma biblioteca municipal moribunda, a Casa de Camilo decadente, alvo
de críticas e do escárnio público” (p.
12)
POPULAÇÃO DE MÕES
“A população de Mões que era formada maioritariamente por operariados e assalariados era vista com
um certo desdém por parte da população
da vila. Ora eu lutei sempre contra esta clivagem social. Até no toque do sino
havia diferença. Se o defunto era de
Mões tinha direito a menos badaladas e tocava-se menos (p. 37-38).
NOTICIAS DE FAMALICÃO
“É pena que nos primeiros anos do século XXI, que têm sido
de crise económica e de incerteza quanto ao futuro, o “Notícias de Famalicão”
tenha suspendido a sua publicação. Acho que o encerramento do jornal foi uma
decisão errada” (p. 45)
CAMPO DA FEIRA
Um grande erro urbanístico no Campo da Feira. No “Notícias
de Famalicão”, o Padre António Guimarães, enquanto diretor, lutou quanto pôde
contra uma decisão urbanística que estragou para sempre a grande sala de
visitas de Vila Nova de Famalicão. (…) Se aquele Campo da feira estivesse
intacto, com toda aquela profundidade, com todas as suas casas comerciais à
volta teria uma praça (…) que seria um orgulho para todos os famalicenses e
certamente um ponto de atracão turística” (p. 114-115).
INCENDIÁRIOS
Para mim é claro que um pirómano não deve ser condenado a anos de prisão seguidos. Deve ser condenado a estar
na prisão ou num barco no meio do mar ou no deserto, no período do verão, durante um conjunto de anos adequado à
gravidade do crime. Em vez de cumprir 5 anos de prisão seguidos cumpria 5 anos
de prisão repartidos por 15 anos com
prisão (ou outra medida equivalente) 4
meses por cada ano em tempo de incêndios .
AVENIDAS II
Uma melhor atenção às avenidas referidas na última semana,
incluía a Avenida 9 de Julho que, tendo início no Marco liga com a Avenida
Carlos Bacelar na Rotunda de Santo António e tinha em atenção a necessidade de
resolver a travessia daquela artéria junto de Santo Adrião e do Talvai,
protegendo nomeadamente os peões. Por
sua vez, deveriam ser consideradas travessias subterrâneas para o Parque de
Sinçães, ligando-o ao resto da cidade, na Avenida Carlos Bacelar.
ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DE VILA NOVA DE FAMALICÃO
A realização pela Associação de Amigos da nossa terra intitulado Vila Nova de Famalicão: Planear o Futuro, na
próxima 2ª feira, pelas 21 horas,
vai pôr à prova o interesse dos
famalicenses pelos problemas da terra. Trata-se de saber que futuro se
está a preparar para o nosso concelho. Problemas não faltam. Estudo e boas
ideias precisam-se. Capacidade de as concretizar ainda mais. Como disse o
Monsenhor Joaquim Fernandes na apresentação do livro na passada 6ª feira, sem
uma boa equipa, não é possível fazer boas coisas.
António Cândido de Oliveira
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