domingo, 26 de julho de 2020

O Direito ao Parque!

 

Há um princípio importante no Direito do Urbanismo, que deveria ser conhecido por todos os cidadãos, nos termos do qual os habitantes de uma zona densamente habitada de uma  cidade devem ter possibilidade de acesso fácil  a um parque bem perto.

            Este princípio tem em vista principalmente a população jovem (crianças, desde logo) e pessoas idosas. Umas e outras habitando prédios de grande volume devem ter acesso a um espaço verde onde possam brincar, conviver ou  descansar.

            Tal não sucede, na nossa cidade,  com os numerosos habitantes da Rua Cupertino de Miranda,  Ana Plácido e ruas próximas, ainda que exista um parque bem próximo.  É o Parque de Sinçães, situado no lado nascente da avenida Carlos Bacelar, que tem um acesso difícil pois só lá se chega, do lado poente,  através de uma ponte muito alta com dezenas de  escadas (existe outra muito mais distante, a seguir aos Bombeiros Famalicenses, com   forte declive, também imprópria para carrinhos de criança e para pessoas idosas).

            O acesso ao parque resolvia-se, no entanto,  com, pelo menos, uma boa passadeira devidamente sinalizada junto da rua Ana Plácido.

Alguém dirá que isso é um perigo, pois ali os automóveis circulam com muita velocidade. É verdade, mas é preciso pôr termo a tal situação. As avenidas Humberto Delgado (esta com várias passadeiras) e Carlos Bacelar devem formar um contínuo de circulação citadina, com limite máximo de 40 Km/hora. Não podem ser vias rápidas.

Importa que os automobilistas se convençam que a circulação, desde a rotunda  de Santo António e até à  rotunda da Paz deve fazer-se com todo o cuidado, como é próprio de qualquer rua ou avenida da cidade.

A ideia que defendemos é no sentido de aumentar a segurança de circulação de peões entre estas duas rotundas, pondo termo às altas velocidades na Humberto Delgado e na Carlos Bacelar. Isto faz-se com passadeiras e semáforos “inteligentes” e ainda com aturada educação e  fiscalização. 

Ao contrário do que pode parecer a falta de boas passadeiras e semáforos na avenida Carlos Bacelar é um convite à alta velocidade dentro da cidade.

             

(Artigo de opinião publicado no Opinião Pública de 26-07-2020) 

Sem comentários:

Enviar um comentário