CERCO AO HOSPITAL
HOSPITAL DA MISERICÓRDIA - Quando
nos anos sessenta do século passado a Mesa da Santa Casa da Misericórdia de
Vila Nova de Famalicão presidida por Amadeu Mesquita construiu o nosso atual
Hospital teve larga visão e ficamos a ter um hospital que nos orgulhou. E houve
o cuidado de deixar espaço para ele crescer.
ZONA DE PROTECÇÃO - Pouca gente saberá que
nessa mesma altura foi aprovada pelo Governo uma zona de protecção de modo que
o acesso ao Hospital fosse fácil e não houvesse grande concentração de
construção à sua volta. Olhe-se para o lado sul e lá estão vivendas (Praça de
Olivença). Olhe-se para o lado norte e vivendas estão (Rua Vasco Carvalho).
Olhe-se para o lado poente (Rua Amadeu Mesquita) e sucede o mesmo.
A DESPROTECÇÃO DO HOSPITAL - No
entanto, o que fizemos depois disso? Do lado poente, junto das antigas
urgências, deixamos erguer uma grande urbanização com vivendas e prédios de
vários andares que têm a principal saída para o Hospital, chegando ao cúmulo de
ter prioridade (STOP) sobre o restante transito. Depois, passamos as urgências para o lado oposto, para
o lado nascente. Na altura, havia ao
lado um grande buraco que bem deveria ser olhado como um apoio para o Hospital,
pelo menos em parte. Lembro-me de ir falar directamente com responsáveis da
Administração, chamando a atenção para a
importância daquele espaço. Nada! O que se fez foi tapar o Hospital também pelo
lado nascente, surgindo ali um grande
prédio, mais conhecido pelo “Ex-Libris”. E se tivesse havido visão não seria
bom haver ali, pelo menos, alguns apartamentos para arrendar, em certas
condições, a médicos e enfermeiros, por exemplo?
O QUE FALTA DESPROTEGER - Falta
agora tapar o Hospital pelo lado Norte. O lado para onde ele poderia crescer e muito, para estar à altura das
necessidades dos nossos dias ( o Hospital vai fazer 60 anos e a população
aumentou muito). O Hospital precisa de
espaço para o lado norte e ele existe. Existe
e pertence-lhe até à Rua Vasco
Carvalho e existe ainda por detrás das vivendas da Rua Vasco
Carvalho, lugar ideal para termos amplo espaço para apoio ao Hospital. Ali do
que menos precisamos é de mais uma nova superfície comercial. Do que precisamos, por exemplo, é de um edifício complementar do Hospital que
bem poderia libertar quartos e enfermarias deste, ocupados por doentes em
recuperação e que não precisassem de cuidados especiais. Seriam ali acolhidos
até recuperação completa. Mas parece que
ninguém pensou nessa ou noutras soluções de apoio ao Hospital quando se
delimitou a unidade de execução que vai estar agora em discussão pública.
DISCUSSÃO PÚBLICA - A discussão
pública sobre a unidade de execução do
lado norte do Hospital vai durar apenas
20 dias úteis. É tempo que nem dá para compreender, nem para pensar o que está em jogo. Esperemos, já que será pedir muito que a câmara alargue
o prazo, que ao menos tenha larga publicidade. A câmara é exímia, sempre que tem
interesse nisso, em fazer publicidade, dando largo destaque na sua página, nos
meios de comunicação social e por outros meios. Assim o deverá fazer porque não
está em causa coisa pouca. Está em causa o futuro do nosso Hospital!
AINDA A PUBLICIDADE - E não deve haver apenas uma sessão pública de
discussão. Deve haver as que forem necessárias e transmitidas online para mais
pessoas poderem assistir e depois consultar para formarem a sua opinião. Doutro
modo o período de discussão pública será uma mera formalidade.
INTERESSADOS - Esta discussão
pública deve interessar vivamente não só
os famalicenses em geral, bem como como toda a câmara e a assembleia municipal
como seus órgãos representativos , os meios de comunicação social e muito
especialmente o Conselho de
Administração do Hospital (CHMA) e através dele o Governo. Isto é um assunto que extravasa o interesse meramente municipal.
OUTROS ASSUNTOS – Até ao fim da
discussão pública tencionamos focar toda a atenção nesta unidade de execução
envolvente do Hospital. Para outros assuntos esperamos abertura do “Opinião Pública” digital que
chega regularmente ao nosso email e é largamente difundido.
António
Cândido de Oliveira
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