PRIORIDADE - Dos jornais locais da semana passada dei particular atenção às declarações do Dr. António Barbosa, director da ULS a Cristina Azevedo, directora do OP num destacado e bom trabalho jornalístico como é timbre desta profissional.
ULS - Ficámos bem cientes de que
entrou em funcionamento no dia 1 de janeiro do corrente ano de 2024, no âmbito
de uma reorganização dos serviços de saúde que abrange todo o país, a ULS
(Unidade Local de Saúde) do Médio Ave que integra a prestação de cuidados de
saúde primários e hospitalares numa só unidade de gestão, abrangendo o CHMA
(Centro Hospitalar do Médio Ave), formado pelos actuais hospitais de Famalicão
e Santo Tirso e os ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) de Famalicão, Trofa
e Santo Tirso. São mais de 2.000 trabalhadores.
170.000.000 euros – A partir de
agora tudo o que diz respeito a prestação de cuidados de saúde do SNS (Serviço
Nacional de Saúde) nesta região ( presume-se os três concelhos acima referidos)
é da responsabilidade desta ULS. Isso explica que o seu orçamento seja de mais
de 170 milhões de euros, ou seja, mais do que todo o orçamento do nosso município ( 162 milhões
de euros). É enorme a responsabilidade agora assumida por uma equipa dirigida
pelo Dr. António Barbosa e pelo Dr. Luís Moniz e que tem como directora clínica
a médica Drª Violeta Ofélia Iglésias, a quem desejamos, para bem de todos nós,
o maior êxito.
AMPLIAÇÃO ESTRUTURADA - Também o
presidente da câmara municipal Doutor
Mário Passos manifestou satisfação por esta nomeação e deseja muito que o nosso
hospital receba as obras e as ampliações de que necessita, lembrando que o
município está já a fazer a sua parte no domínio da saúde. A ampliação estruturada
do Hospital de Famalicão que faz título
de primeira página e que o Dr. António Barbosa explica, dizendo que é preciso evitar o que aconteceu
nas últimas décadas “em que o hospital foi somando unidades que hoje , não se
articulam da melhor maneira”, tem de
merecer toda a atenção dos famalicenses.
RESPONSABILIDADES REPARTIDAS - Que
a ampliação é necessária e deve ser bem estruturada não oferece dúvidas. O que
importa é que ela seja a ampliação que o
bom funcionamento da ULS exige, cabendo aqui muito trabalho não só à direcção
da Unidade como ao município de
Famalicão. O município de Famalicão tem
aqui uma enorme responsabilidade, pois não podemos ter uma ampliação adequada
do hospital e estrangulamentos à volta com licenciamento de construções ou
de actividades que provoquem
mais aumento do trânsito.
VISÃO QUE FAZ FALTA - Do que
precisamos é de tráfego fluído e prioritário para as ambulâncias e pessoal que
trabalha no hospital. Há lá espaço para habitações para médicos e enfermeiros e
mesmo para edifícios de rectaguarda do
hospital que tanta falta fazem. Outros municípios do nosso país assim têm
feito. O que é preciso é visão larga por parte do nosso município e não
continuar o atrofiamento que ocorreu nas
últimas décadas a nascente e a poente do Hospital São João de Deus. Salve-se o
que ainda for a tempo, contando com a colaboração dos particulares que até bem
podem ter vantagem nisso. Estejamos a altura das exigências que resultam da ULS
que não estava prevista e surgiu agora.
OUTROS ASSUNTOS – Ficamos sem espaço
para falar dos dinheiros atribuídos às festas do Carnaval, das queixas dos
lesados do Talvai, do eco-parque de Cabeçudos, da residência para estudantes
universitários, da ferrovia e de tantos outros. Problemas não faltam. Tempo e
espaço para os tratar é que são escassos.
(Jornal OP de 17.1.24)
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