quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

A ULS (Unidade Local de Saúde) e a Ampliação Estruturada do Nosso Hospital

PRIORIDADE - Dos jornais locais da semana passada dei particular atenção às declarações do Dr. António Barbosa, director da ULS  a Cristina Azevedo, directora do  OP  num destacado e  bom trabalho jornalístico como é timbre desta profissional.

ULS - Ficámos bem cientes de que entrou em funcionamento no dia 1 de janeiro do corrente ano de 2024, no âmbito de uma reorganização dos serviços de saúde que abrange todo o país, a ULS (Unidade Local de Saúde) do Médio Ave que integra a prestação de cuidados de saúde primários e hospitalares numa só unidade de gestão, abrangendo o CHMA (Centro Hospitalar do Médio Ave), formado pelos actuais hospitais de Famalicão e Santo Tirso e os ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) de Famalicão, Trofa e Santo Tirso. São mais de 2.000 trabalhadores.

170.000.000 euros – A partir de agora tudo o que diz respeito a prestação de cuidados de saúde do SNS (Serviço Nacional de Saúde) nesta região ( presume-se os três concelhos acima referidos) é da responsabilidade desta ULS. Isso explica que o seu orçamento seja de mais de 170 milhões de euros, ou seja, mais do que todo  o orçamento do nosso município ( 162 milhões de euros). É enorme a responsabilidade agora assumida por uma equipa dirigida pelo Dr. António Barbosa e pelo Dr. Luís Moniz e que tem como directora clínica a médica Drª Violeta Ofélia Iglésias, a quem desejamos, para bem de todos nós, o maior êxito.

AMPLIAÇÃO ESTRUTURADA - Também o presidente da câmara municipal  Doutor Mário Passos manifestou satisfação por esta nomeação e deseja muito que o nosso hospital receba as obras e as ampliações de que necessita, lembrando que o município está já a fazer a sua parte no domínio da saúde. A ampliação estruturada  do Hospital de Famalicão que faz título de primeira página e que o Dr. António Barbosa explica,  dizendo que é preciso evitar o que aconteceu nas últimas décadas “em que o hospital foi somando unidades que hoje , não se articulam da melhor maneira”,  tem de merecer toda a atenção dos famalicenses.

RESPONSABILIDADES REPARTIDAS - Que a ampliação é necessária e deve ser bem estruturada não oferece dúvidas. O que importa é que ela seja a ampliação que o  bom funcionamento da ULS exige, cabendo aqui muito trabalho não só à direcção da Unidade como ao  município de Famalicão.  O município de Famalicão tem aqui uma enorme responsabilidade, pois não podemos ter uma ampliação adequada do hospital e estrangulamentos à volta com licenciamento de construções ou de  actividades  que provoquem  mais aumento do trânsito.  

VISÃO QUE FAZ FALTA - Do que precisamos é de tráfego fluído e  prioritário para as ambulâncias e pessoal que trabalha no hospital. Há lá espaço para habitações para médicos e enfermeiros e mesmo  para edifícios de rectaguarda do hospital que tanta falta fazem. Outros municípios do nosso país assim têm feito. O que é preciso é visão larga por parte do nosso município e não continuar  o atrofiamento que ocorreu nas últimas décadas a nascente e a poente do Hospital São João de Deus. Salve-se o que ainda for a tempo, contando com a colaboração dos particulares que até bem podem ter vantagem nisso. Estejamos a altura das exigências que resultam da ULS que não estava prevista e surgiu agora.

OUTROS ASSUNTOS – Ficamos sem espaço para falar dos dinheiros atribuídos às festas do Carnaval, das queixas dos lesados do Talvai, do eco-parque de Cabeçudos, da residência para estudantes universitários, da ferrovia  e de  tantos outros. Problemas não faltam. Tempo e espaço para os tratar é que são escassos.

(Jornal OP de 17.1.24)

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